|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em déjà vu, Jade conquista prata
Como em 2007, ginasta fica só atrás de rival alemã na decisão do salto na etapa da Copa em Cottbus
Brasileira, que volta a atuar hoje na final do solo, abre mão de elementos mais ousados agora, mas diz que tem cumprido meta olímpica
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua estréia na temporada
de 2008, a ginasta Jade Barbosa
conquistou uma medalha de
prata com gosto de déjà vu.
Isso porque ontem, nas finais
da etapa da Copa do Mundo em
Cottbus, na Alemanha, a atleta
brasileira pareceu seguir o roteiro vivido em seu primeiro
pódio no circuito adulto, em
março do ano passado.
No mesmo ginásio do Lausitz
Arena, Jade, 16, ostentava na
decisão do salto a segunda melhor nota da fase de classificação. E acabou, também a exemplo do ano passado, atrás só da
alemã Oksana Chusovitina, 32,
que tem no currículo títulos de
Mundial e Jogos Olímpicos.
"Ficou dentro do esperado. A
Jade apresentou saltos que não
são os da Olimpíada e tinham
notas de partida inferiores aos
da Chusovitina. Só com erros
da rival a Jade venceria", avalia
Eliane Martins, supervisora de
seleções da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).
A rival não errou, mas a brasileira quase o fez. Penúltima a
se exibir na decisão, Jade executou bem o primeiro salto, porém não conseguiu cravar a
aterrissagem no segundo.
"Ela realmente deu uma deslizada, mas ficou bem à frente
das outras rivais", diz Eliane.
A medalha de prata foi conquistada com nota 14,512
-0,338 ponto abaixo do escore
da fase de classificação. Chusovitina triunfou com 15,150. O
bronze ficou com a suíça Areilla
Kaslin, que somou 14,287.
Apesar de ficar pelo segundo
ano consecutivo atrás de Chusovitina, que, ao lado da chinesa Fei Cheng e da americana
Alicia Sacramone, irá compor
elenco de rivais em Pequim, Jade diz estar cumprindo metas.
"Estou muito feliz com o que
apresentei aqui. Deu para pegar
ritmo de competição e dar continuidade à meta de chegar
bem à Olimpíada", afirma ela.
Menos de 30 minutos depois
de faturar a prata -a segunda
dela em etapas da Copa do
Mundo-, Jade ainda atuou na
final das paralelas assimétricas.
Ela também não melhorou a
nota da primeira fase, mas
manteve a sexta colocação, com
nota 13,650. "As paralelas ainda
são hoje o aparelho mais fraco
da Jade", resume Eliane.
E a ginasta carioca, principal
aposta do técnico da seleção,
Oleg Ostapenko, para Pequim,
tem a chance de ir mais uma
vez ao pódio em Cottbus, já que
hoje disputa a final do solo, ao
lado de Daiane dos Santos.
Dona da segunda melhor nota da fase classificação (14,350),
Jade terá como maior rival hoje
a romena Sandra Izbasa, atual
campeã européia, na luta por
sua primeira medalha de ouro
na Copa do Mundo, o que quebraria jejum de títulos do país
na temporada 2007/2008.
NA TV - Etapa da Copa em Cottbus
Sportv, ao vivo, às 9h
Texto Anterior: Grid: Ingo é o pole em Interlagos Próximo Texto: Daiane volta à final e aposta na experiência Índice
|