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PARAOLIMPÍADA
Corredoras sofrem problema de visão
Com sua maior delegação, Brasil leva irmãs aos Jogos pela 1ª vez
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez, a delegação
paraolímpica brasileira terá duas
irmãs no grupo de atletas.
As mineiras Sirlene Aparecida
Guilhermino, 22, e Terezinha
Aparecida Guilhermino, 25, sofrem de retinose pigmentar e irão
a Atenas-04. "Temos menos de
10% da visão. De noite, essa percepção cai para 5%", disse Sirlene.
Os pais das irmãs Guilhermino
são primos e tiveram 11 filhos -5
deles com problemas de visão.
As irmãs irão competir, com
ajuda de guias, no atletismo. Terezinha vai correr os 400 m, 800 m e
1.500 m. Sirlene disputará os 100
m e 200 m e o salto em distância.
Terezinha começou a treinar
em 2000, mas não sabia que existia uma competição exclusiva para portadores de deficiência.
"Meu técnico perguntou se eu
queria ir para a Paraolimpíada. Eu
perguntei: "O que é isso?'".
Enquanto a irmã tem no currículo Mundiais e Pan-Americanos, Sirlene vai disputar sua primeira competição internacional.
A família poderia ter mais um
representante em Atenas, mas Pedro Flávio, 28, não obteve vaga.
Sirlene e Terezinha fazem parte
de um grupo de 97 atletas, a maior
delegação brasileira da história,
apresentada ontem em São Paulo.
A expectativa do Comitê Paraolímpico Brasileiro é terminar entre os 20 melhores. Em Sydney-2000, o Brasil ficou no 24º posto
com 22 medalhas -seis de ouro.
Kleber Veríssimo, diretor do
CPB, diz que o Brasil deve ganhar
"10 ou 11 ouros" em setembro. O
país tem campeões paraolímpicos
e destaques mundiais. Na seletiva,
o nadador Clodoaldo Silva bateu
dois recordes, e a lançadora de
disco Roseane Santos, um.
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