São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2004

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PARAOLIMPÍADA

Corredoras sofrem problema de visão

Com sua maior delegação, Brasil leva irmãs aos Jogos pela 1ª vez

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez, a delegação paraolímpica brasileira terá duas irmãs no grupo de atletas.
As mineiras Sirlene Aparecida Guilhermino, 22, e Terezinha Aparecida Guilhermino, 25, sofrem de retinose pigmentar e irão a Atenas-04. "Temos menos de 10% da visão. De noite, essa percepção cai para 5%", disse Sirlene.
Os pais das irmãs Guilhermino são primos e tiveram 11 filhos -5 deles com problemas de visão.
As irmãs irão competir, com ajuda de guias, no atletismo. Terezinha vai correr os 400 m, 800 m e 1.500 m. Sirlene disputará os 100 m e 200 m e o salto em distância.
Terezinha começou a treinar em 2000, mas não sabia que existia uma competição exclusiva para portadores de deficiência.
"Meu técnico perguntou se eu queria ir para a Paraolimpíada. Eu perguntei: "O que é isso?'".
Enquanto a irmã tem no currículo Mundiais e Pan-Americanos, Sirlene vai disputar sua primeira competição internacional.
A família poderia ter mais um representante em Atenas, mas Pedro Flávio, 28, não obteve vaga.
Sirlene e Terezinha fazem parte de um grupo de 97 atletas, a maior delegação brasileira da história, apresentada ontem em São Paulo.
A expectativa do Comitê Paraolímpico Brasileiro é terminar entre os 20 melhores. Em Sydney-2000, o Brasil ficou no 24º posto com 22 medalhas -seis de ouro.
Kleber Veríssimo, diretor do CPB, diz que o Brasil deve ganhar "10 ou 11 ouros" em setembro. O país tem campeões paraolímpicos e destaques mundiais. Na seletiva, o nadador Clodoaldo Silva bateu dois recordes, e a lançadora de disco Roseane Santos, um.


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