DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras empatou ontem com o Santo André, pela Copa do Brasil, por 3 a 3, e entra em vantagem na partida de volta das quartas-de-final da Copa do Brasil.
Se o time empatar com o mesmo Santo André por 0 a 0, 1 a 1 ou 2 a 2, avança às semifinais. Se a igualdade for por 3 a 3, a decisão vai para os pênaltis.
Para a equipe do ABC, resta vencer no Parque Antarctica ou empatar marcando pelo menos quatro gols. "Ficou difícil, mas não é impossível. Ainda estamos no páreo", disse o técnico Péricles Chamusca, do Santo André, logo após a partida.
"Como o gramado estava muito ruim, o empate até que foi bom. Em casa, com apoio da torcida, podemos garantir a vaga", afirmou o palmeirense Lúcio.
Ontem, o Palmeiras iniciou melhor a partida, movimentando-se bem no meio-campo e enganando a marcação do rival. Aos 15min, abriu a contagem, após uma cobrança de escanteio. Magrão tocou de cabeça para Diego Souza, que mais uma vez entrou no lugar de Pedrinho, contundido, e, bem colocado, também de cabeça aproveitou e fez 1 a 0.
Seis minutos depois, numa falha de Marcos, o time da casa chegou ao empate. Osmar chutou de longa distância e, como o goleiro palmeirense estava adiantado, marcou um belo gol.
Assim que sofreu o empate, Marcos dirigiu-se a seus companheiros de equipe e pediu desculpas pela falha, mas, no intervalo, mostrou-se muito irritado e não admitiu o erro. "É que a imprensa pega muito no meu pé, vocês [jornalistas] acham que todo gol que acontece a culpa é minha. Só se eu tivesse um torpedo no rabo eu teria pegado", desabafou.
Depois que o adversário empatou o jogo, o Palmeiras lançou-se com mais ímpeto ao ataque e não teve dificuldades para chegar ao gol. O colombiano Muñoz tocou para Vágner, que entrou na área e foi puxado. O juiz marcou pênalti, que Muñoz cobrou com categoria, colocando outra vez o time da capital na frente do placar.
Mas novamente o Santo André chegaria à igualdade. Aos 43min, Barbieri cobrou falta de longa distância, a bola desviou na barreira, e Marcos não conseguiu alcançar.
O goleiro, que dois minutos antes tinha recebido cartão amarelo por reclamação e passou a ser chamado de "frangueiro" pela torcida do Santo André, disse que não tinha o que fazer no lance. "Fiquei vendido. A bola desviou na barreira, eu até tentei voltar, mas não deu", justificou.
No segundo tempo, o Palmeiras não voltou como no início da etapa inicial. Demonstrando nervosismo em campo e reclamando muito da arbitragem, logo de cara recebeu dois amarelos, um para Baiano, outro para Magrão.
O Santo André passou a atacar e a pressionar o Palmeiras no campo de defesa do adversário. Não teve dificuldades para passar pela primeira vez no jogo à frente no marcador. Aos 15min, Osmar cruzou para a área, a zaga da equipe de Jair Picerni falhou, e Sandro Gaúcho cabeceou sem marcação, para fazer 3 a 2.
Em desvantagem, o Palmeiras voltou a procurar o ataque, enquanto o Santo André explorava os chutes de longa distância, já que o gramado, segundo os próprios jogadores, estava irregular e poderia prejudicar os goleiros.
Empurrado por sua torcida, o time de Picerni conseguiu empatar. Aos 25min, após cobrança de falta, Leonardo acertou bela cabeçada, fazendo 3 a 3.
Empolgado com o empate, o Palmeiras foi para a frente, mas não conseguiu chegar ao quarto gol. Pelo contrário. Quem quase marcou foi Barbieri, aos 36min, que experimentou cobrança de falta de longa distância, mas desta vez Marcos foi bem na bola e pôs para escanteio.


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