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Palmeiras ganha mais 15 dias no caso do gás
Clube consegue adiar pela segunda vez julgamento no tribunal da federação
Laudo diz não ser possível, em virtude do tempo entre o
episódio e a perícia técnica, constatar a presença do gás no vestiário do visitante
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras conseguiu adiar
ontem pela segunda vez o julgamento do caso do gás tóxico
lançado no vestiário do visitante na semifinal contra o São
Paulo, no Parque Antarctica.
O clube ainda aguarda a conclusão do inquérito policial que
apura o incidente ocorrido no
dia 20 de abril em seu estádio.
Segundo documento apresentado pelo diretor de futebol
do clube Savério Orlandi, a polícia diz que deve concluir o laudo pericial dentro de 15 dias.
A Folha teve acesso ao laudo
feito pela perita criminal Márcia Iracema Casagrande a pedido do Jecrim (Juizado Especial
Criminal), que funcionava no
estádio no dia do jogo.
No documento é dito que,
"dado o lapso de tempo decorrido entre o horário apontado
como sendo do fato e a solicitação deste exame, bem como,
por ser um gás um componente
volátil e estando a porta do vestiário aberta, quando da chegada desta equipe ao palco dos fatos, não fora ali constatado
quaisquer elementos de ordem
técnico-material que pudessem estar relacionados com o
motivante da presente requisição de exame".
Segundo o dirigente palmeirense, tal laudo não absolve o
clube por ter sido considerado
inconclusivo pelo 23º DP, que
abriu o inquérito do caso. Mas
será uma das armas utilizadas
pelo Palmeiras em sua defesa.
O documento já está com o
procurador do Tribunal de Justiça Desportiva Antônio Carlos
Meccia, responsável pelo caso
na Federação Paulista de Futebol. Ele destaca, porém, que independentemente da conclusão policial, o tribunal poderá
tomar um rumo diferente.
"Esse laudo não absolve nem
culpa o Palmeiras. Mas que
houve algo naquele dia, houve.
Só precisamos descobrir de
que lado partiu", falou Meccia.
O procurador remarcou o
julgamento para a próxima segunda-feira. Mas já admite que
ele tende a ser protelado mais
uma vez em virtude do laudo
pericial solicitado pelo clube.
"Acreditamos que o laudo
ainda não estará concluído no
dia 19 para exercemos nossa
defesa", afirmou Orlandi.
O Palmeiras foi enquadrado
no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva
("Deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça
de desportos"). A pena é uma
multa de R$ 50 mil a R$ 500
mil e a perda do mando de
campo de uma a três partidas.
O clube conseguiu ontem livrar o volante Martinez e o
meia Diego Souza de futuras
punições caso eles ainda integrem o grupo em 2009 -elas só
valeriam para o Paulista.
O primeiro, expulso no mesmo clássico do episódio do gás
após dividida com o são-paulino Fábio Santos, fora enquadrado no artigo 254 (jogada
violenta). Teve a pena desclassificada e entrou no 255 (ato
hostil). Pegou um jogo de gancho -já cumprido.
Diego Souza levou o vermelho no segundo jogo da final
contra a Ponte Preta após discutir com o volante Deda -que
também foi expulso. Ambos foram absolvidos.
De volta às atividades hoje à
tarde, no CT, após perder na
estréia do Brasileiro (1 a 0) para
o Coritiba, o Palmeiras poderá
contar com o retorno do volante Léo Lima, que recuperou-se
de uma lesão muscular.
O clube também irá apresentar o volante Jumar, ex-Paraná,
quarto reforço para o Nacional.
Além dele, o Palmeiras já trouxe os laterais Fabinho Capixaba e Jefferson e o volante Sandro Silva -que fez sua estréia
diante da equipe paranaense.
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