São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2010

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Fernandão lidera vitória improvável do São Paulo

Atacante estreia com passes decisivos, e time já mira semifinal da Libertadores

Paulo Fonseca/Efe
Com Marlos e Fernandão, que lhe deu o passe para marcar o 2º gol
do São Paulo, Hernanes vibra no Mineirão em jogo da Libertadores


Cruzeiro 0
São Paulo 2


DA REPORTAGEM LOCAL

A lógica foi invertida no clássico brasileiro da Libertadores. O São Paulo, que não marcara gols nas oitavas de final contra o Universitario, fez dois. Já o Cruzeiro, que anotara seis no Nacional, passou em branco, ontem à noite, no Mineirão.
Com a participação direta do estreante Fernandão, uma retranca benfeita e certa dose de sorte, os paulistas deram passo importante rumo às semifinais da competição. No jogo de volta, na semana que vem, podem até ser derrotados por um gol.
"Foi um resultado muito favorável. 2 a 0 fora nos dá tranquilidade para jogar em casa", disse o lateral-direito Cicinho.
Em nove partidas pela Libertadores, o clube do Morumbi só foi vazado duas vezes -ambas contra o Once Caldas, na segunda rodada da fase de grupos.
A pressão da equipe mineira, algoz dos paulistas na edição passada do torneio, foi uma tônica durante todo o confronto.
A etapa inicial já começou assim: o Cruzeiro, puxado pelas investidas de Kleber e Thiago Ribeiro, atacou imediatamente. O São Paulo, com praticamente nove peças atrás da linha do meio-campo, fechou-se.
Adilson Batista armou o time mineiro com Jonathan bem aberto pelo lado direito. Assim, tentava as infiltrações nas costas de Junior César e ao mesmo tempo impedia os paulistas de atacarem por aquele setor.
Para não concentrar a armação apenas nos pés do selecionável Gilberto, convocado para a Copa, Marquinhos Paraná e a dupla de volantes Fabrício e Henrique se revezavam na hora de atacar a marcação do rival.
Já Ricardo Gomes apostou em uma formação mais conservadora. Richarlyson e Rodrigo Souto faziam a primeira linha do paredão são-paulino, que ainda tinha Hernanes voltando para compor a defesa.
Mesmo com tanta gente ajudando a marcar, o São Paulo quase foi surpreendido pelo alto. Logo aos 9min, Henrique cabeceou para baixo e obrigou Rogério a defender no susto.
Na primeira vez em que o clube paulista colocou a bola no chão em vez de buscar a ligação direta dos beques ao ataque, criou boas tramas, sempre oriundas dos pés do estreante Fernandão, que deixou Washington no banco de reservas.
De uma delas nasceu o gol, aos 24min. Após tabelar com Fernandão, que devolveu por cima do marcador, Marlos cruzou para trás. Dagoberto vinha na corrida e abriu o placar: 1 a 0.
O segundo tempo foi uma repetição do anterior. De novo o Cruzeiro se lançou à frente. Adilson Batista colocou mais um atacante, Guerrón, e tirou Diego Renan. Depois, trocou Fabrício por Fábio Santos. Imediatamente após essa alteração, o São Paulo ampliou.
Aos 21min, Dagoberto tocou no meio para Hernanes. A bola sobrou para Fernandão, que devolveu de calcanhar para Hernanes. O camisa 10 escolheu o canto esquerdo de Fábio e chutou forte, rasteiro: 2 a 0.
A equipe anfitriã ainda teve um gol mal anulado aos 32min. A arbitragem marcou erroneamente um impedimento de Thiago Ribeiro antes que o chute dele vencesse Rogério.
A prova definitiva de que a noite era do visitante aconteceu no arremate do meia Roger, aos 38min do segundo tempo. A bola carimbou as duas traves são-paulinas antes de sair.


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