Time de Dorival Jr. abre 2 a 0 no primeiro tempo e permite reação do Grêmio

Ricardo Nogueira/Folha Imagem

Ganso e Victor, excluídos da lista dos 23 para a Copa
do Mundo, abraçam-se no estádio Olímpico

Grêmio 4
Santos 3

LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

Em 20 minutos, os meninos do Santos provaram do famoso veneno copeiro do Grêmio.
Na pior virada sofrida nesta temporada, o clube do litoral sul paulista abriu 2 a 0 no primeiro tempo, levou quatro gols em menos de 20 minutos na etapa final e perdeu por 4 a 3.
O ataque santista continua fulminante, mas a zaga também mantém sua sina de falhar. Não fosse por Paulo Henrique Ganso, teria sido pior.
O resultado em si, porém, está longe de ser catastrófico.
Assim como contra o Atlético-MG, quando perdeu fora de casa por 3 a 2, o Santos precisará de uma vitória simples para ir à final da Copa do Brasil.
Se vencer por 1 a 0, 2 a 1 ou 3 a 2, estará classificado. O Grêmio joga pelo empate ou por uma improvável vitória por 5 a 4.
O primeiro tempo foi, provavelmente, o mais preciso do Santos nesta temporada.
A defesa santista segurava bem o ímpeto do time tricolor gaúcho, comandado pelos ex-são-paulinos Hugo e Borges e pelo ex-corintiano Douglas.
Ganso parecia recuperado do abatimento de ter ficado de fora da lista de Dunga e comandava o Santos no meio de campo.
Aos 15min, em despretensiosa cobrança de escanteio de Marquinhos, o atacante André subiu para abrir o placar.
Um gol fora de casa era o que o técnico Dorival Jr. pedia a seus jogadores. O time mantém a escrita de balançar as redes em todos os seus jogos no ano.
Mas a coisa ficaria ainda melhor para o Santos.
Ganso roubou bola no meio de campo, disparou e deu passe perfeito para André, que tocou na saída do goleiro Victor. Eram 20min, os meninos do Santos faziam 2 a 0 no Grêmio e calavam o estádio Olímpico.
O Grêmio, então, foi todo para o ataque. Passou a pressionar e buscar seu gol, mas parava na boa marcação santista.
Aos 23min, a pressão surtiu efeito. Willian Magrão foi derrubado por Durval dentro da área, renovando as esperanças dos gremistas. Pênalti que Jonas bateu. E Felipe espalmou.
Aos 28min, o goleiro segurou chute de Douglas. Aos 36min, Borges, na pequena área, pegou de primeira e chutou forte, mas Felipe mandou a bola para fora.
Mas, no segundo tempo, tudo mudou para o Santos.
Aos 11min, Dorival Jr. tirou o meia Marquinhos e colocou o volante Rodrigo Mancha. Dois minutos depois, Mancha falhou, e Borges fez o primeiro.
Começava o apagão santista.
Mancha falhou de novo. Aos 18min, perdeu bola para Douglas, que tocou para Jonas passar para Borges. Era o empate.
Nove minutos depois de entrar, Rodrigo Mancha saiu.
No minuto seguinte, Jonas, que já foi do Santos, acertou o ângulo de Felipe e virou para o Grêmio. E, aos 31min, Borges, de novo, fez o quarto gol.
O time gaúcho atacava, pressionava, empurrado por quase 40 mil torcedores. Até que, aos 37min, Ganso deu um passe perfeito para Robinho, que fez o terceiro gol do Santos.
Apesar da virada sofrida, o placar de 4 a 3 acabou sendo bom para a equipe paulista. O Santos ainda tentou o empate, mas não teve forças para tanto.


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