São Paulo, domingo, 13 de junho de 2004

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FUTEBOL

Contra o Vasco, técnico Estevam Soares pede a seu time que diminua o ritmo, troque mais passes e valorize a posse

Em casa, Palmeiras quer "esconder a bola"

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um time rápido e quase letal nos contra-ataques, mas vulnerável às investidas dos adversários por não saber segurar a bola quando está em vantagem.
Esse é o estilo do Palmeiras que o técnico Estevam Soares encontrou quando chegou ao Parque Antarctica -bem diferente do que ele vê como o ideal.
A partir de hoje, às 16h, contra o Vasco, no Parque Antarctica, o treinador palmeirense pretende implantar no time a tática de "esconder a bola", definida assim pelo próprio Estevam.
Para o treinador, o Palmeiras, que tem 14 pontos no Nacional, tem de aprender a aliar a velocidade de seus ataques (característica marcante no time) à possibilidade de controlar a posse de bola quando está em vantagem no placar -habilidade que faltou ao time quando foi eliminado pelo Santo André da Copa do Brasil ao ceder um empate nos dez minutos finais do jogo que vencia por 4 a 2.
"Todos os grandes times da história sabiam controlar bem a posse de bola: o São Paulo do Telê, o Palmeiras da Academia... Você procurava a bola e não achava. Eles escondiam", diz Estevam.
No Brasileiro, o time do Parque Antarctica ainda está longe de atingir o que pretende o técnico.
No ranking de passes do Datafolha, os palmeirenses aparecem apenas na oitava posição. Em média, trocam 297 passes por jogo, com 83,8% de acerto.
Como comparação, o Cruzeiro, time que mais "esconde a bola" no Nacional, faz 361 passes por confronto, sendo 85,6% certos.
Apesar disso, Estevam já vê, após apenas duas semanas treinando o time, uma melhora na valorização da posse de bola.
"Já estão jogando um pouco mais com a bola. Mas só vai dar para ver melhor lá no estádio", analisa o treinador, que no entanto descarta uma mudança radical no estilo de jogo do Palmeiras.
"Por enquanto não. Tem que ir adaptando devagar. Além disso, a equipe não estava desarrumada", completa o treinador.
Além de tentar otimizar a troca de passes, durante a folga no Brasileiro o treinador deu ênfase ao ensaio de jogadas de bola parada.
"Eu gosto disso. Não é o que determina quem vai ganhar o jogo, mas tem que criar essas circunstâncias para dar alternativas aos atletas durante a partida", explica Estevam, que tem o apoio de seus atletas para adotar o artifício.
"É bom, uma alternativa quando o jogo está muito fechado", opina o volante Magrão.
Já no Vasco, que acumula oito pontos no campeonato, o técnico Geninho testará uma nova dupla de zaga, formada por Henrique e Serjão -os dois ainda atuaram juntos no Nacional.
Na última vez em que jogou com o Palmeiras no Parque Antarctica pelo Brasileiro, em novembro de 2001, o time de São Januário venceu por 3 a 1.


NA TV - Globo (menos para São Paulo), ao vivo, às 16h


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