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CBF define prêmio por título antes mesmo da estréia
Cada atleta deve receber R$ 300 mil pelo hexacampeonato, valor inferior à maioria dos salários que o elenco recebe
Decisão foi tomada por Ricardo Teixeira para evitar que os jogadores do Brasil se preocupassem com valores no decorrer da competição
DOS ENVIADOS A BERLIM
Às vésperas da estréia do
Brasil na Copa, hoje, diante da
Croácia, em Berlim, a CBF definiu a premiação em caso de
conquista do hexacampeonato.
Se o time de Carlos Alberto
Parreira triunfar, cada jogador
irá receber cerca de R$ 300 mil.
"Está tudo certo", afirmou o
supervisor Américo Faria. Anteontem, ele reuniu-se com o
presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, e o secretário-geral,
Marco Antônio Teixeira, para
tratar do assunto. Depois conversou com os jogadores.
A proposta apresentada aos
atletas é dividida de acordo
com as etapas da competição.
Terminar a primeira fase na liderança do grupo ou em segundo lugar não faz diferença. Nos
dois casos, os atletas da seleção
embolsarão a mesma quantia.
No elenco, há quem ache que
só está fechado com a CBF o valor referente à primeira fase.
Mas é exatamente uma discussão com os atletas durante
as etapas de mata-mata que a
entidade quer evitar. Por isso,
Teixeira não abriu mão de tratar do assunto antes de o time
fazer a sua primeira partida.
Apesar da preocupação dos
dirigentes, as discussões sobre
o bicho na seleção brasileira
têm sido calmas. O capitão Cafu é o principal representante
dos jogadores nas negociações.
Até para quem ainda atua no
Brasil, como o goleiro Rogério,
o valor prometido pela CBF,
não representa muito. O prêmio pelo título é aproximadamente o que o são-paulino ganha por mês em sua equipe.
A maioria dos comandados
de Parreira recebe mais mensalmente em seus clubes do
que o bicho estipulado para a
conquista do hexa.
Pelo título na Alemanha, Teixeira pagará pouco mais do que
foi dado em 2002. O pentacampeonato valeu cerca de R$ 250
mil para cada um.
O valor é igual para todos os
atletas, independentemente da
quantidade de partidas disputadas durante o Mundial.
A premiação é inferior apenas para os membros da comissão técnica, porém a negociação com eles é ainda mais fácil.
Parreira e Zagallo costumam
apenas ouvir a oferta da diretoria da CBF e aceitá-la, sem negociação. Ambos costumam sugerir aos jogadores que tenham
comportamento semelhante.
A questão da premiação foi
um dos poucos assuntos em
que o presidente da CBF precisou interferir diretamente desde a chegada da seleção à Europa.
(EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
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