São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 2006

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CBF define prêmio por título antes mesmo da estréia

Cada atleta deve receber R$ 300 mil pelo hexacampeonato, valor inferior à maioria dos salários que o elenco recebe

Decisão foi tomada por Ricardo Teixeira para evitar que os jogadores do Brasil se preocupassem com valores no decorrer da competição


DOS ENVIADOS A BERLIM

Às vésperas da estréia do Brasil na Copa, hoje, diante da Croácia, em Berlim, a CBF definiu a premiação em caso de conquista do hexacampeonato.
Se o time de Carlos Alberto Parreira triunfar, cada jogador irá receber cerca de R$ 300 mil.
"Está tudo certo", afirmou o supervisor Américo Faria. Anteontem, ele reuniu-se com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o secretário-geral, Marco Antônio Teixeira, para tratar do assunto. Depois conversou com os jogadores.
A proposta apresentada aos atletas é dividida de acordo com as etapas da competição. Terminar a primeira fase na liderança do grupo ou em segundo lugar não faz diferença. Nos dois casos, os atletas da seleção embolsarão a mesma quantia.
No elenco, há quem ache que só está fechado com a CBF o valor referente à primeira fase.
Mas é exatamente uma discussão com os atletas durante as etapas de mata-mata que a entidade quer evitar. Por isso, Teixeira não abriu mão de tratar do assunto antes de o time fazer a sua primeira partida.
Apesar da preocupação dos dirigentes, as discussões sobre o bicho na seleção brasileira têm sido calmas. O capitão Cafu é o principal representante dos jogadores nas negociações.
Até para quem ainda atua no Brasil, como o goleiro Rogério, o valor prometido pela CBF, não representa muito. O prêmio pelo título é aproximadamente o que o são-paulino ganha por mês em sua equipe.
A maioria dos comandados de Parreira recebe mais mensalmente em seus clubes do que o bicho estipulado para a conquista do hexa.
Pelo título na Alemanha, Teixeira pagará pouco mais do que foi dado em 2002. O pentacampeonato valeu cerca de R$ 250 mil para cada um.
O valor é igual para todos os atletas, independentemente da quantidade de partidas disputadas durante o Mundial.
A premiação é inferior apenas para os membros da comissão técnica, porém a negociação com eles é ainda mais fácil. Parreira e Zagallo costumam apenas ouvir a oferta da diretoria da CBF e aceitá-la, sem negociação. Ambos costumam sugerir aos jogadores que tenham comportamento semelhante.
A questão da premiação foi um dos poucos assuntos em que o presidente da CBF precisou interferir diretamente desde a chegada da seleção à Europa. (EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)


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