São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 2006

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Jardim Irene lembra seleção, Mundial e até Peru, mas esquece Itália

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é fácil encontrar a presença italiana no Jardim Irene (zona sul de São Paulo), bairro onde Cafu nasceu e conheceu Regina, sua mulher, cuja possível ascendência européia garantiu o passaporte comunitário ao jogador.
"Muito estrangeiro vem aqui. Vou conhecer na segunda-feira um italiano, que vem ver meus trabalhos. Por coincidência é de Milão, mas não tem nada a ver com o Cafu", conta Wagner Lucas, que comercializa arte em grafite.
"Os gringos estão descobrindo a realidade brasileira. Aqui já veio gente de Itália, França...", enumera o artista.
Zeldimar Eufrásio da Silva, 39, o Mazinho, que diz ter jogado bola com Cafu e dividido muito pão com banana com ele, relata que há estrangeiros morando nas imediações. "Aqui tem tudo. Italiano, alemão, nordestino, mineiro."
Nas ruas, porém, o verde-e-amarelo é que dá o tom. Passeando pelo bairro, é difícil encontrar um local que não traga pinturas, bandeirinhas ou símbolos alusivos à Copa.
Algumas vias ainda estão fechadas para a decoração ser finalizada. Não, não há sequer uma bandeirinha italiana decorando o local. Mas do Peru, ausente do Mundial, sim.
"Tivemos idéia de decorar a loja com a caricatura dos jogadores [aparecem dialogando Cafu, Ronaldo e Ronaldinho]. Os únicos estrangeiros que já vi aqui são do Peru. Aí pusemos a bandeira deles", explica José Antônio Alicate, que, apesar do sobrenome, negocia desinfetantes.


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