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Blatter comemora milhões do Real por astro português
Presidente da Fifa afirma que a contratação de Cristiano Ronaldo é a prova de que o produto futebol "ainda é bom'
Na Inglaterra, patrocinador da camisa do Manchester United diz que venda de craque não desfaz negócio de R$ 45 milhões anuais
DOS ENVIADOS A BLOEMFONTEIN
O presidente da Fifa, Joseph
Blatter, foi uma voz dissonante
no mundo do futebol ontem.
Ele discordou daqueles, como o
presidente da Uefa, Michel Platini, que acharam um exagero o
espanhol Real Madrid ter pago
mais de R$ 250 milhões pelo
atacante português Cristiano
Ronaldo, na maior negociação
da história do futebol.
"Isso significa que nosso produto [o futebol] ainda é bom. Se
esse é um jogo do povo, eles
precisam de estrelas", disse o
cartola na África do Sul, onde a
partir de amanhã acompanha o
desenrolar da Copa das Confederações, espécie de laboratório para o Mundial de 2010.
Blatter afirmou que realmente a transação envolve
muito dinheiro, mas que ela se
justifica pela "performance" do
português, agora ex-jogador do
inglês Manchester United.
O suíço disse que a negociação é a prova que o futebol não
foi afetado pela crise financeira
mundial. "O mercado está hoje
muito sensível, mas, no futebol,
isso não acontece", afirmou.
Em outros assuntos relacionados à Fifa, Blatter também se
manifestou euforicamente.
Ele se disse convicto que o
primeiro Mundial em solo africano será um sucesso.
Já Cristiano Ronaldo também foi assunto na concentração da Espanha. Afinal, é no
país que ele exibirá o vistoso futebol que o levou à conquista,
na temporada passada, do troféu de melhor do mundo.
Inspirado após participar de
um safári no Parque Nacional
de Pilanesberg, o zagueiro Piqué desdenhou das contratações milionárias de Florentino
Pérez, novo presidente do Real
Madrid, que, além de Cristiano
Ronaldo, adquiriu também o
meia-atacante brasileiro Kaká.
"O Real está se reforçando
com muito dinheiro, mas prefiro uma fórmula que funcionou
na temporada passada e que seguirá funcionando", afirmou,
em referência ao Barcelona,
seu clube, que conquistou os
três principais títulos do ano.
Pelo menos em termos de títulos, a gestão de Pérez à frente
do clube da capital espanhola
começou com triunfo inédito:
pela primeira vez, a equipe sub--18 do clube conquistou o Mundial da categoria, e justamente
sobre o Barcelona. Ontem, os
garotos do Real Madrid ganharam a decisão por 2 a 1.
Na Inglaterra, a contratação
recorde de Cristiano Ronaldo
também repercutiu no mundo
dos negócios. A seguradora
Aon, que recentemente fechou
acordo com o Manchester United para exibir sua logomarca
na camisa do clube a troco de
quase R$ 45 milhões anuais,
afirmou que o negócio não corre risco após a venda do principal craque do clube.0
(EDUARDO ARRUDA E PAULO COBOS)
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