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Dunga diz que testará todos os jogadores no torneio
DOS ENVIADOS A BLOEMFONTEIN
Dunga já passou pela tormenta de estar ameaçado no
cargo de técnico da seleção.
Mas agora, a um passo de classificar o time para a Copa, fala
com a segurança e a autoridade
de quem sentará no banco de
reservas no Mundial da África
do Sul, em junho de 2010.
E ontem, sem titubear, mandou recado a seus comandados
sobre o que significa para ele a
Copa das Confederações, torneio que, para a seleção, começa às 11h de segunda-feira, contra o Egito, em Bloemfontein.
""Eu acho que é a melhor forma para conhecer o grupo,
aprimorar o relacionamento.
Ver quem realmente está focado. Teremos um período longo
aqui e essa é uma forma de saber como eles se comportam
em determinadas situações."
""Eles têm que estar preparados. Vai ter oportunidade para
todos jogarem, sem dúvida nenhuma", prosseguiu Dunga.
Ainda saboreando as vitórias
contra Uruguai e Paraguai nas
eliminatórias, Dunga propaga o
discurso de que o Brasil ""tem
obrigação" de vencer a Copa
das Confederações, mas sabe
que um fracasso não será um
obstáculo para ele carimbar seu
passaporte para o Mundial.
Para quem busca um lugar
entre os 23 na Copa-2010, Dunga lembra que tem sido coerente com sua ""teimosia".
""Dúvida sempre temos. Todas as posições estão abertas.
Às vezes sou questionado pelo
fato de não mudar [o time]. Mas
temos que formar uma estrutura. E, se temos até o último dia
para divulgar a lista, por que
vou falar um ano antes?"
""Sei que falta muito tempo,
mas não tem como não visualizar as coisas lá na frente. O meu
sonho é disputar a Copa", disse
Elano, de novo titular na seleção após um período em baixa.
Se ele ainda busca seu espaço, o zagueiro Lúcio, um dos
homens da ""estrutura de Dunga", acha que a convivência
maior com o técnico poderá ser
decisiva na definição do grupo.
""O Dunga conduz bem a seleção, joga aberto e tem muita
franqueza. De nossa parte,
também procuramos passar a
ele o que estamos achando."
Dunga lembra que, quando
pede comprometimento aos
atletas, refere-se ao que classifica como ""erros do passado
que não podem ser repetidos".
Lúcio cita o fracasso em
2006, após campanha impecável na Copa das Confederações
um ano antes. ""O favoritismo
atrapalhou, e a nossa preparação não foi a ideal. Os jogadores
também não estavam bem preparados. Acho que isso serviu
de lição", completou.
(EA E PC)
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