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Ballack fará alta, prevê Klinsmann
Campeão em 1990 e treinador em 2006, ele defende o atual técnico
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A DURBAN
"O time mudou muito, é
jovem, o capitão já não está
mais, mas tem sete jogadores
que estiveram no último
Mundial. Ainda é um time difícil de ser batido."
Quem falou à Folha sobre
a Alemanha -que estreia hoje, contra a Austrália, em
Durban- tem currículo para
fazer o comentário: jogou
três Copas, venceu a de 1990,
anotou 11 gols em Mundiais e
treinou a seleção há quatro
anos, quando ficou em 3º.
Klinsmann aprova o atual
técnico, Joachim Löw, seu
auxiliar em 2006. "Ele faz um
tremendo trabalho. Classificou bem o time nas eliminatórias e foi à final da Euro [de
2008] contra a Espanha."
Comentarista de três emissoras na Copa, Klinsmann
aponta o maior problema
alemão e minimiza o fato de o
país ter sofrido com a baixa
dos goleiros Enke, que se suicidou, e Adler, lesionado.
Apesar de Neuer, titular
que disse ontem estar "pronto", não ter muita experiência internacional, Klinsmann
afirma não ter preocupações
com os arqueiros. "Confio
nele [Neuer]. Os três goleiros
do time são bons."
Para ele, o problema alemão é outro. "Quem fará
muita falta é Ballack [cortado
por causa de contusão]."
CONFIANÇA EM KLOSE
Klinsmann também defende o atacante Klose, artilheiro que não vive bom momento, mas pode bater o recorde
de 15 gols de Ronaldo em Copas -teria que marcar cinco
vezes para se igualar a ele.
Para o comentarista, Klose
é um jogador muito sensível
e precisa do apoio do treinador -o que ele não teve no
Bayern, mas tem com Löw. O
atual técnico não garante,
porém, que Klose será titular.
Löw reconhece que o artilheiro está melhor fisicamente, recuperou sua capacidade de movimento, a potência
e a velocidade. "Tenho a sensação de que ele está se livrando dos problemas psicológicos." A vaga entre os 11,
diz Löw, é outra história.
"Não é mero presente de aniversário", acrescentou.
Ao menos um atleta, Özil,
pediu publicamente o centroavante. ""Posso jogar com
todos os atacantes. Mas o fato é que, com Klose, funcionamos melhor."
Löw nega que seu time não
esteja entre os favoritos.
"Não sei quem será campeão. Temos um time jovem,
mas a Alemanha é três vezes
campeã do mundo."
Além dos vários desfalques que sofreu para esta Copa e de ter se renovado bastante, a Alemanha não tem
mais nem a vantagem de jogar em casa, como quatro
anos atrás. Aquilo foi "privilégio", diz Klinsmann.
Para ele, é como ocorre hoje com o técnico da África do
Sul, Carlos Alberto Parreira,
neste ano. "Você viu o que
ocorreu na Alemanha em
2006, o orgulho do país. Imagine como será no Brasil, onde as pessoas são malucas
por futebol", afirmou.
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