São Paulo, domingo, 13 de julho de 2008

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Brasil ganha e já festeja hepta

Time de Zé Roberto jogaria no início da manhã de hoje, com Japão, para definir conquista do título

Seleção feminina arrasa Cuba e só poderia perder o título do Grand Prix de vôlei por meio de combinação improvável de resultados


DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina voltou a fazer uma apresentação de gala no Grand Prix de vôlei, arrasou Cuba por 3 sets a 0 (25/14, 25/ 15 e 25/20) e festejou o heptacampeonato antes mesmo de colocar as mãos na taça.
As atuações brasileiras na fase final em Yokohama colocam o time como um dos grandes favoritos ao ouro em Pequim.
"Não sei de onde tiramos toda essa concentração que mostramos nos quatro jogos. Vamos buscar daí para melhor", disse a ponta Mari, maior pontuadora do jogo, com 17 pontos.
Invicta nas finais, a equipe só deixaria de erguer a taça se perdesse do Japão, às 6h de hoje, e Cuba batesse a Itália. Ainda assim, os sets precisariam de uma combinação improvável de resultados. O desempate é feito com a divisão de pontos marcados pelos sofridos.
A situação é tão distante da realidade dos dois times, líderes da fase final até ontem, que a seleção já celebrou o hepta.
"Entramos nesse jogo sabendo que era praticamente a final. Conseguimos sacar bem e isso foi decisivo para a nossa vitória", afirmou a meio-de-rede Thaisa, que encarou a partida como uma revanche da final do Pan-Americano do Rio.
"Estava faltando aquela vitória. Foi muito ruim termos perdido em casa, por isso, este resultado de hoje [ontem] tem um sabor melhor", completou.
Ontem, ela voltou a ser destaque da equipe, principalmente no bloqueio -o Brasil marcou 12 pontos no fundamento, contra só dois de Cuba.
Quando iniciou a disputa do Grand Prix, Zé Roberto havia dito que o torneio seria um treino de luxo para a equipe. Mesmo tendo o título como objetivo, o treinador afirmou que não deixaria de dar ênfase aos treinos físicos, mesmo que isso significasse um time mais "pesado" em quadra.
As jogadoras, porém, parecem não ter sentido dificuldade para se adaptar. Até a última rodada do Grand Prix, a seleção só havia sofrido uma derrota, para a China. Durante boa parte da fase de classificação, o time jogou com apenas uma levantadora, Carol. Fofão, com lesão no joelho, foi poupada.
A seleção também atuou em algumas partidas sem Paula Pequeno, que machucou o tornozelo, e Jaqueline, com uma contusão no joelho.
Na etapa decisiva, a equipe derrotou a China novamente -havia vencido no fim da primeira fase- e ainda passou por italianas, norte-americanas e cubanas, todas candidatas ao pódio nos Jogos Olímpicos.
O time também tem cinco jogadoras que concorrem a prêmios individuais -Fofão, Mari, Walewska, Fabi e Thaisa.
"Novamente foi uma grande apresentação. Evoluímos na competição e demonstramos um nível de concentração muito alto, sempre", disse Sheilla.
"Hoje [ontem], não deixamos Cuba jogar. Parece que elas nem entraram em quadra. Este título é muito importante porque nos dá mais confiança, principalmente, para a Olimpíada. Temos que repetir este desempenho em Pequim", completou a oposto.


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