São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Teixeira é condenado por "voo da muamba"

Justiça proíbe presidente da CBF de fazer contratos com o poder público e cassa seus direitos políticos, mas seu advogado recorrerá

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

A Justiça Federal proibiu presidente da CBF, Ricardo Teixeira, de, por três anos, fazer contratos com órgãos públicos, indireta ou diretamente, em acusação por improbidade administrativa. E tirou seus direitos políticos neste período.
A decisão foi da juíza substituta da 22ª Vara Federal do Rio, Lilea Pires de Medeiros, ao julgar ação do Ministério Público de improbidade administrativa contra o dirigente e dois funcionários públicos envolvidos no episódio conhecido como ""voo da muamba"".
Depois da vitória na Copa do Mundo de 1994, a seleção trouxe dos EUA 17 toneladas de bagagens e compras. Teixeira é acusado de ter transportado equipamentos para sua choperia, a El Turf, que já fechou.
A juíza diz que o dirigente não poderá ser beneficiado pelo poder público, ""direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos".
Teixeira é dirigente do comitê organizador da Copa-2014, que terá relações com o governo. Mas não é sócio majoritário da entidade. Aparentemente não existem consequências da sentença neste caso. E o recurso do dirigente deve suspender os efeitos dela até o processo ser julgado definitivamente.
""Essa decisão é meramente simbólica. Ele nunca foi político e não pretende se eleger. Fora isso, ele também vai poder continuar atuando normalmente na CBF. Ele não é sócio da entidade nem do comitê da Copa, o que não o impedirá de exercer suas funções", disse o advogado Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico da CBF. Ele informou ontem que irá recorrer da decisão.
""Fora isso, essa decisão está indo contra uma outra decisão já transitada e julgada pelo Tribunal Regional Federal, que disse que inexiste responsabilidade do Ricardo Teixeira na passagem da bagagem, além de ela não ter causado nenhuma lesão ao erário", acrescentou.


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