São Paulo, sábado, 13 de agosto de 2011

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FOCO

King Kong supera piadas e busca supremacia no ringue

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC

O King Kong da vida real nasceu em Accra, capital de Gana, e busca hoje reinar supremo nos ringues de boxe.
Quando selecionou King Kong como o nome do meio do filho, o pai de Joseph Agbeko não fazia ideia para onde isso levaria seu garoto.
Agbeko credita ao fato de ter o nome King Kong na certidão de nascimento a carreira como lutador.
Imagina que, caso fosse conhecido por Sansão, nome do meio do irmão mais velho, não teria que responder a tantas provocações dos colegas na escola.
Ele não era o maior garoto na sala de aula. Tampouco sua voz, como os urros do King Kong da tela de cinema, fazia os outros tremerem.
Porém os resultados foram bons o bastante para inspirá-lo a calçar as luvas de boxe.
"Ganhei todas as minhas brigas na escola", orgulha-se.
Aos oito anos, ele decidiu ser um campeão mundial.
Mas King Kong sofreu com a falta de estrutura para o esporte em seu país. Problemas intrínsecos a Gana, como o setor da saúde, foram obstáculos a serem superados.
Logo após ser coroado campeão dos galos pela primeira vez, teve malária e permaneceu 14 meses parado.
Hoje à noite, King Kong defende o cinturão dos galos da FIB, contra o mexicano Abner Mares, no Staples Center, em Los Angeles (EUA).
Trata-se da final de um torneio que pôs frente a frente os melhores da categoria que um dia deu fama ao brasileiro Eder "Galo de Ouro" Jofre.
E os dois "sobreviventes" foram Mares e King Kong, que tem um cartel de 28 vitórias, 22 nocautes e 2 derrotas.
Um animal de outra espécie, o "Touro Indomável" Vic Darchnyan, armênio ex-campeão supermosca, ironizou King Kong ao desafiá-lo, em 11 de julho de 2009.
"King Kong terá de mudar seu nome para Chimpanzé", disparou Darchnyan, que pagou pela provocação ao ser derrotado em 12 assaltos.
No retorno a Accra, foi recebido, no aeroporto, por uma multidão de fãs e autoridades, como o ex-presidente Jerry John Rawlings e o ex-campeão Azumah Nelson.


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