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FUTEBOL
Volantes abrem caminho para vitória que manteve equipe na liderança
"Cães de guarda" do Santos roem oponente osso duro
Antônio Gaudério/Folha Imagem
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Devid, autor de 13 gols no torneio e que abriu o placar para o Santos ontem, festeja com Robinho, que já balançou a rede 17 vezes |
EDUARDO ARRUDA
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os "cães de guarda" santistas
não foram brilhantes, mas essenciais para roer o Palmeiras "osso
duro". Com jogadas dos volantes
Zé Elias e Fabinho, o time da Vila
Belmiro bateu o rival por 2 a 1, no
Pacaembu, e manteve a liderança
do Brasileiro, com 55 pontos.
Os brucutus de Vanderlei Luxemburgo apareceram nos minutos finais do primeiro tempo e
roubaram a cena. Os dois conseguiram romper o forte sistema
defensivo palmeirense e levar o
Santos à 17ª vitória. De seus pés
saíram os gols de Deivid e Elano
que decretaram o triunfo santista.
"Nós tínhamos que fugir da
marcação palmeirense. E conseguimos dessa forma", disse Luxemburgo, que avisou aos seus
volantes na preleção que eles poderiam ser a surpresa do clássico.
O Santos, em seu estilo predador, tomou a iniciativa de atacar.
E, ao menos nos minutos iniciais,
deixou o adversário em perigo.
Mas o Palmeiras se mostrou
mesmo um osso difícil de roer.
Como já havia sido anunciado,
Estevam Soares, que escalou o time com cinco jogadores no meio-campo, colocou seu trio de volantes sobre os principais homens
santistas. Marcinho não desgrudava de Robinho, Magrão seguia
Ricardinho, e Corrêa não dava espaços para Elano.
Sem a mesma precisão defensiva do rival, o Santos passava apuros quando os adversários partiam nos contra-ataques.
Mas foram nos lances de bola
parada, com Corrêa, que ocorreram os lances mais perigosos do
Palmeiras. Primeiro o volante cobrou escanteio e quase fez um gol
olímpico. Mauro espalmou. Em
nova cobrança, pela direita, Corrêa encontrou o zagueiro Gabriel
livre. Ele cabeceou para fora.
A dupla apareceria novamente
aos 33min, quando Corrêa cobrou falta e Gabriel, de cabeça,
acertou o travessão de Mauro.
Sem tomar, o Santos marcou.
Zé Elias aproveitou bobeira de
Corrêa e Marcinho, roubou a bola
e tocou para Robinho, que serviu
Deivid. Em uma de suas raras
aparições no primeiro tempo, ele
chutou cruzado, aos 41min.
Cinco minutos depois, foi a vez
de o outro volante santista aparecer. Fabinho, o segundo melhor
passador do time, com 84,5% de
eficiência, tomou a bola de Elson e
serviu Elano, que fez 2 a 0.
"O Palmeiras marca muito forte. Essas duas roubadas de bola
nos ajudaram a desarmá-los",
disse Zé Elias no intervalo.
No segundo tempo, Estevam
Soares adiantou sua equipe, liberando mais seus laterais. E, logo
no primeiro minuto, Lúcio fez
boa jogada pela esquerda e a bola
sobrou para Osmar, que, livre na
área, chutou para fora.
A resposta santista, que passou
a jogar nos contragolpes, foi quase imediata. Novamente Zé Elias
apareceu na entrada da área, passou por um rival e chutou para
boa defesa de Sérgio.
O Palmeiras, no entanto, continuou pressionando. Mas, com
um só atacante, tinha carência de
força ofensiva. As jogadas de bola
parada continuavam sendo a melhor opção, mas os palmeirenses
não acertavam a meta santista.
Assim, a reação só veio após
grande jogada de Lúcio. O lateral
avançou até a área e cruzou para
Osmar, que descontou aos 38min.
Em seguida, Zé Elias, que já tinha amarelo, fez falta dura e foi
expulso. O Palmeiras pressionou,
mas não teve força para empatar.
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