DA REPORTAGEM LOCAL

Svetlana Kuznetsova chegou desprestigiada ao Aberto dos EUA. Era apenas a nona colocada no ranking mundial e disputava uma chave repleta de estrelas.
Nada, contudo, capaz de frear sua surpreendente performance no torneio. Anteontem à noite, na quadra central de Flushing Meadows, ela derrotou a compatriota Elena Dementieva na decisão e selou o domínio da Rússia nos Grand Slams desta temporada.
Aos 19 anos, Kuznetsova cravou 2 sets a 0 (parciais de 6/3 e 7/5) e ergueu seu primeiro troféu em um torneio da série principal do tênis. Mais: tornou-se a segunda teen de seu país a conseguir a façanha em 2004. Na grama de Wimbledon, foi Maria Sharapova, 17, quem surpreendeu.
A Rússia triunfou também em Roland Garros com outra jovem atleta -Anastasia Myskina, 22.
Apenas o Aberto da Austrália viu uma atleta de outra nacionalidade com a taça. No primeiro Grand Slam do ano, Justine Henin-Hardenne sagrou-se campeã e abriu caminho para liderar a lista feminina das melhores atletas.
A belga chegou aos EUA como número um e principal favorita. Caiu, contudo, nas oitavas-de-final. Nem chegou a encarar Kuznetsova. Sobrou para a russa um duelo com outra candidata ao título, Lindsay Davenport, que vinha de 22 vitórias consecutivas.
Ela superou o embate com a norte-americana e seguiu rumo a conquista. "Estou muito feliz e sei que esse título vai me ajudar a crescer no tênis", disse a atleta.
Ela dedicou seu troféu às vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Sua chegada ao tênis é curiosa. Kuznetsova vem de uma família de ciclistas -há até medalhas olímpicas no currículo da família. Ela chegou a pedalar na infância e depois pediu para trocar de modalidade. Acertou na decisão.

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