Equipe enfrenta o Santo André, em casa, e busca melhorar a campanha, por ora quase igual à do time sem o treinador

Técnico aponta mudanças na equipe como problema e diz que o objetivo de conseguir vaga na Libertadores-2010, traçado na estreia, está difícil

RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Contra o Santo André, hoje, na Vila Belmiro, Vanderlei Luxemburgo completa sua 12ª partida na direção do Santos, sem ainda ter justificado a mudança no comando da equipe.
Até agora, o time tem desempenho muito parecido no Nacional antes e depois de trocar de treinador. Luxemburgo assumiu na 13ª rodada uma equipe com aproveitamento de 38,9% dos pontos e na 13ª colocação. Dois meses e 11 partidas depois, o aproveitamento é de 39,4% -o Santos começou a rodada na décima posição.
A principal diferença entre a equipe dirigida pelo antecessor Vagner Mancini e a de Luxemburgo está na quantidade de gols marcados e sofridos por partida. Sob o comando do atual técnico do Vitória, o Santos fez 24 gols (média de dois por jogo) e sofreu 26 (média de 2,17). Com o atual técnico, a equipe do litoral marcou 15 gols (1,36) e sofreu 12 (1,09).
"Há uma evolução no futebol do time. Saímos na frente na maioria dos jogos, mas ainda não temos uma constância para conseguir segurar o resultado", disse o atual técnico santista.
Para ele, uma das explicações para as oscilações da equipe é o fato de não conseguir repetir o mesmo time, por conta de lesões ou suspensões. Até a seleção brasileira levou a culpa.
"Não pudemos contar com o Rodrigo Souto contra o Corinthians. Agora é o Paulo Henrique", lamentou Luxemburgo.
Vice-artilheiro da equipe no Nacional, com sete gols, Paulo Henrique, o Ganso, está se preparando com a seleção sub-20 para o Mundial da categoria, no Egito. Róbson, seu substituto imediato, está suspenso e não enfrenta o Santo André. Para essa vaga, o treinador testou duas opções: Alan Patrick, 18, que ainda não jogou como profissional, e Neymar.
Luxemburgo também fez, durante os treinos da semana, mudanças no meio-campo. Alterou a formação do time com dois ou três volantes. O meia- -atacante Felipe Azevedo foi testado entre os titulares.
Quando assumiu a equipe, o técnico traçou como meta a conquista da vaga na Libertadores-2010. Agora, reconhece que o objetivo está longe. "A classificação para a Libertadores é muito difícil. Vamos lutar por ela, mas é complicado. Se tivéssemos vencido o Corinthians, estaria mais fácil."
As duas partidas do Santos em casa -hoje e contra o Botafogo, no domingo que vem- são apontadas como cruciais para que a equipe siga sonhando em disputar o torneio continental no ano que vem.
Ainda que termine o Nacional entre os quatro mais bem colocados, o Santos pode não ter Luxemburgo em 2010. O clube terá eleição para a presidência no final do ano. E o técnico cogita se candidatar ao Senado pelo Estado do Tocantins.

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