DA REPORTAGEM LOCAL

Se a ideia da diretoria do Corinthians ao contratar o meia Matías Defederico era apenas repor, com qualidade, a saída de Douglas, o tiro acabou não dando tão certo assim.
Com apenas dois treinos com bola, o técnico Mano Menezes já definiu que, para utilizar a badalada contratação corintiana, será necessário mexer no sistema tático do time, um dos motivos do sucesso no primeiro semestre deste ano.
"Ele é mais um atacante do que um armador, embora já tenha mostrado que enxerga muito bem o jogo. Quando ele jogar de enganche [armador], como falam os argentinos, o time só pode ter dois atacantes na frente", analisou Mano.
O técnico lembrou que seu time está montado com três à frente (Dentinho, Jorge Henrique e Ronaldo, com os dois primeiros jogando pelos lados e voltando para ajudar a marcar).
No treino coletivo que a equipe realizou em Itu, onde ficou até ontem, o técnico testou Defederico em duas posições. Primeiro, como meia-armador, na função que antes era de Douglas. Depois, como quase um ponta. "A função dele é mais parecida com a do segundo momento. Mas vamos ter um bom caminho com ele. Ele tem muito a evoluir ainda", afirmou.
Para realizar a mesma função tática que Douglas fazia no time campeão da Copa do Brasil e do Paulista, o Corinthians tenta Edno. Tem negociado com a Portuguesa, mas emperrou na forma de pagamento. Os corintianos quiseram parcelar os R$ 3,5 milhões pelos direitos do atleta, mas os cartolas do clube do Canindé recusaram.
Apesar de ainda ser considerado pela própria Portuguesa como o destino mais provável de Edno, o Corinthians ainda enfrenta concorrência do Palmeiras e também do Santos.
Para o jogo de quarta, contra o Coritiba, no PR, Alessandro deve voltar ao time. O lateral é o primeiro dos contundidos que retorna. "Não vamos pôr todos ao mesmo tempo", disse Mano.

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