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Várzea
Palmeiras e Vasco batem recorde de erros, irritam suas torcidas e deixam Pacaembu com um justo 0 a 0
Palmeiras 0
Vasco 0
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
O Palmeiras, que joga como "um time de várzea", segundo Luiz Felipe Scolari,
encontrou ontem no Vasco seu par perfeito.
A exemplo do que haviam
feito no primeiro turno, os
dois times fizeram uma partida de "casados contra solteiros", para usar outro termo
do treinador palmeirense.
O placar sem gols no Pacaembu não fez bem a nenhum dos times, em termos
de classificação. Palmeiras
(26 pontos) e Vasco (28) continuam na zona intermediária do campeonato.
Dizer que a partida foi uma
série de passes tortos, cruzamentos para fora e chutes na
arquibancada não é exagero ou força de expressão.
Segundo o Datafolha, o
Palmeiras acertou 74,3% dos
passes que tentou. O índice
do Vasco ficou em 75,6%. A média do torneio é de 80,3%.
Os cruzamentos foram um fiasco. O Palmeiras tentou alçar 16 bolas na área do Vasco.
Acertou uma, ou 6,3%. O time com pior aproveitamento
nesse quesito é o Prudente, que acerta 16% dos cruzamentos que tenta.
O time da casa finalizou
ontem 11 vezes contra o gol
de Fernando Prass. Mandou
apenas duas no alvo. Os visitantes tiveram desempenho
ainda pior: uma finalização certa em 15 tentativas.
Sem Marcos Assunção e
Pierre, Scolari pôs em seus
lugares o volante Tinga e o
atacante Luan, que formou o
trio de frente com Ewerthon e Kléber. Não deu certo.
O Palmeiras errou demais.
Ewerthon e Kléber foram poupados pela torcida por causa da entrega. E só.
O Vasco não foi melhor. Zé
Roberto driblava um, driblava dois e em seguida errava
um passe de três metros.
Éder Luís corria, corria e não chegava a lugar nenhum.
Nunes nem isso. O primeiro tempo terminou sob vaias das duas torcidas.
Os palmeirenses pediram
e Valdivia entrou, no intervalo. Durante alguns poucos
minutos, o Palmeiras melhorou. O Vasco também.
Os dois times passaram a acertar três passes seguidos.
Fagner e Zé Roberto fizeram bonita tabela pela direita.
O Palmeiras respondeu
com uma jogada muito parecida, entre Ewerthon e Valdivia, igualmente perdida.
Aos poucos, a partida voltou ao nível "varzeano" do
primeiro tempo. Os dois técnicos trocaram volantes por
atacantes. Com os times bagunçados, o jogo ficou mais
aberto. Nem assim o gol saiu.
Kléber preferiu tentar cavar pênaltis a finalizar. Valdivia escorregou quando receberia livre. Tadeu, ao tentar uma arrancada, pisou na bola e caiu. Foram tantos lances
feios que o 0 a 0 ficou justo.
ANTES
Scolari arma o time com três atacantes (Ewerthon, Luan e Kléber), mas o Palmeiras não cria
DURANTE
Valdivia entra no lugar de Luan e o Palmeiras melhora nos primeiros minutos do 2º tempo. Mas logo cai
DEPOIS
Scolari e Paulo César Gusmão enchem o campo de atacantes, mas o jogo não sai do zero.
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