São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2010

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Várzea

Palmeiras e Vasco batem recorde de erros, irritam suas torcidas e deixam Pacaembu com um justo 0 a 0

Palmeiras 0

Vasco 0

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O Palmeiras, que joga como "um time de várzea", segundo Luiz Felipe Scolari, encontrou ontem no Vasco seu par perfeito.
A exemplo do que haviam feito no primeiro turno, os dois times fizeram uma partida de "casados contra solteiros", para usar outro termo do treinador palmeirense.
O placar sem gols no Pacaembu não fez bem a nenhum dos times, em termos de classificação. Palmeiras (26 pontos) e Vasco (28) continuam na zona intermediária do campeonato.
Dizer que a partida foi uma série de passes tortos, cruzamentos para fora e chutes na arquibancada não é exagero ou força de expressão.
Segundo o Datafolha, o Palmeiras acertou 74,3% dos passes que tentou. O índice do Vasco ficou em 75,6%. A média do torneio é de 80,3%.
Os cruzamentos foram um fiasco. O Palmeiras tentou alçar 16 bolas na área do Vasco.
Acertou uma, ou 6,3%. O time com pior aproveitamento nesse quesito é o Prudente, que acerta 16% dos cruzamentos que tenta.
O time da casa finalizou ontem 11 vezes contra o gol de Fernando Prass. Mandou apenas duas no alvo. Os visitantes tiveram desempenho ainda pior: uma finalização certa em 15 tentativas.
Sem Marcos Assunção e Pierre, Scolari pôs em seus lugares o volante Tinga e o atacante Luan, que formou o trio de frente com Ewerthon e Kléber. Não deu certo.
O Palmeiras errou demais.
Ewerthon e Kléber foram poupados pela torcida por causa da entrega. E só.
O Vasco não foi melhor. Zé Roberto driblava um, driblava dois e em seguida errava um passe de três metros.
Éder Luís corria, corria e não chegava a lugar nenhum.
Nunes nem isso. O primeiro tempo terminou sob vaias das duas torcidas.
Os palmeirenses pediram e Valdivia entrou, no intervalo. Durante alguns poucos minutos, o Palmeiras melhorou. O Vasco também.
Os dois times passaram a acertar três passes seguidos.
Fagner e Zé Roberto fizeram bonita tabela pela direita.
O Palmeiras respondeu com uma jogada muito parecida, entre Ewerthon e Valdivia, igualmente perdida.
Aos poucos, a partida voltou ao nível "varzeano" do primeiro tempo. Os dois técnicos trocaram volantes por atacantes. Com os times bagunçados, o jogo ficou mais aberto. Nem assim o gol saiu.
Kléber preferiu tentar cavar pênaltis a finalizar. Valdivia escorregou quando receberia livre. Tadeu, ao tentar uma arrancada, pisou na bola e caiu. Foram tantos lances feios que o 0 a 0 ficou justo.

ANTES
Scolari arma o time com três atacantes (Ewerthon, Luan e Kléber), mas o Palmeiras não cria

DURANTE
Valdivia entra no lugar de Luan e o Palmeiras melhora nos primeiros minutos do 2º tempo. Mas logo cai

DEPOIS
Scolari e Paulo César Gusmão enchem o campo de atacantes, mas o jogo não sai do zero.


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