São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2010

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

Vergonha não é receita

FELIPÃO DERRUBOU um chavão ao responder por que Valdivia ficaria no banco de reservas contra o Vasco: "Tem gente escrevendo que o chileno joga mais do que os outros com uma perna só. Escreve errado!", disse Felipão, apontando para a lesão muscular que faz Valdivia jogar menos do que pode. Há chavões ainda mais chatos, que o Palmeiras precisa derrubar. Um deles, reforçado por Felipão e Kléber durante a semana que passou. Não é verdade que o time joga mal porque não tem vergonha na cara.
Impossível um time chegar bem a setembro, tendo 19 jogadores que passaram pelo elenco desde janeiro e não estão mais lá. Falta montar o time e é legítimo esperar que Felipão faça isso com os jogadores que escolher daqui para a frente.
Contra o Vasco, Felipão apostou na arma que tinha: velocidade pelos lados. Lançou Ewerthon à direita, Luan pela esquerda, Márcio Araújo como armador central. Deu certo nos primeiros dez minutos, em que Ewerthon usou o corredor às costas de Jumar, improvisado na lateral esquerda. Então, Paulo César Gusmão aplicou o antídoto. Quando era atacado, puxava Nilton para a marcação de Luan e liberava Fagner como ala. O Vasco passou a mandar.
O remédio do Palmeiras tinha de ser troca de passes. Felipão poderia chamar os professores da escolinha. Preferiu chamar Valdivia.
Com sete minutos de segundo tempo, não parecia faltar nem vergonha na cara, nem fundamento. Ewerthon e Valdivia fizeram três tabelas lindas. Então, PC Gusmão escalou Rômulo para perseguir Valdivia. O Vasco encorpou. PC Gusmão também pode reclamar de Dedé, Titi, Jumar e chamar o professor da escolinha. Prefere montar o time.
O Vasco não perde há 13 jogos. O Palmeiras não vence há quatro.

Botafogo na briga
O Botafogo não foi um time montado para ser campeão. Sua vocação não seria nem chegar à Libertadores. Virou. A irregularidade dos que disputam o título faz o Botafogo se aproximar. É forte na defesa e rápido no ataque.

Mais meio-campo
Baresi não conseguiu a quarta vitória seguida. Faltou prender um pouco mais a bola no meio-de-campo, onde falta um jogador criativo.


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