São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2010

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Efeito maternidade

Tricampeã do Aberto dos EUA, Kim Clijsters vê seu desempenho melhorar após o nascimento de sua filha, Jada, mesmo jogando menos por ter que dividir as atenções da carreira com os assuntos domésticos

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Na cerimônia de premiação do Aberto dos EUA, a pequena Jada, 2, chamou a atenção por não se mostrar muito disposta em participar da sessão de fotos da mãe, Kim Clijsters, com o troféu.
Mas é fato que loirinha representou um divisor de águas na carreira da mãe, que anteontem ganhou seu terceiro título no torneio em Nova York. Após seu nascimento, os números de Clijsters, 27, melhoraram.
Ex-número um do mundo, a tenista belga anunciou sua aposentadoria precoce, aos 23 anos, em 2007.
Jada nasceu em fevereiro de 2008 e um ano e meio depois Clijsters retomou a carreira, na qual ostentava um aproveitamento de 80% e um título de Grand Slam -o Aberto dos EUA-2005.
A estatística após a volta mostra que ela vence 86,3% dos jogos que disputa e já são mais dois Abertos dos EUA.
Apesar disso, é difícil que ela retome o topo do ranking, onde esteve pela primeira vez em agosto de 2003.
Naquela temporada, Clijsters disputou 21 torneios.
Agora, com a família dividindo suas atenções, ela soma apenas 10 em 2010.
"Acho que Pequim [em outubro] é o único torneio que resta", disse ela, após derrotar a russa Vera Zvonareva por 6/2 e 6/1. "Mas agora só quero arrumar as malas, voltar para a Bélgica e passar um tempo com a minha família", completou ela, casada com o americano Brian Lynch, jogador de basquete.
Clijsters afirma que pretende dar continuidade em sua carreira enquanto for capaz de balancea-la com os seus assuntos domésticos.
"Jada ainda não tem idade para ir para a escola, mas será uma história totalmente diferente quando ela chegar nesse ponto", afirmou a terceira mãe a conquistar um título de Grand Slam.
Clijsters, que é filha de um famoso jogador de futebol na Bélgica (Leo foi eleito o melhor do país em 1988), diz que pretende criar a filha da mesma maneira que cresceu.
"Só fui pensar nisso [que tinha o pai famoso] quando era mais velha e tinha uns 10 anos. Para ela, acho que vai ser a mesma coisa", afirmou.
A tricampeã do Grand Slam americano disse que não tenta explicar à filha o que está acontecendo.
"Ela vê o troféu e sabe que tem algo a ver com vitória. Mas eu nunca vou chegar e dizer para ela: "Mamãe ganhou o Aberto dos EUA"."


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