DO ENVIADO A SUZUKA

A Williams falhou exatamente quando não podia. Invicta nas 15 corridas anteriores nesta temporada, a equipe inglesa deixou de marcar pontos ontem, entregando de bandeja o Mundial de Construtores para a Ferrari. Placar final: 158 pontos a 144.
Juan Pablo Montoya, que largou bem e assumiu a liderança da prova já nas primeiras curvas, abandonou na décima volta, com uma pane hidráulica. Ralf Schumacher, que pegou chuva no treino de sábado e largou em penúltimo, bateu no irmão na parte final da corrida e teve que ir para os boxes trocar o bico do carro. Terminou em um distante 12º lugar.
"Foi uma pena. Nosso carro mostrou muita resistência durante todo o ano e o esforço que estávamos fazendo para conquistar esse título era enorme. Mas não havia nada para fazer. Assim é o automobilismo. Essas coisas acontecem", disse Montoya, que na corrida anterior, nos EUA, perdera chance de se manter na luta pelo Mundial de Pilotos.
A frustração do time pode ser medida pela declaração de Frank Williams. Após a prova, ele soltou apenas uma frase: "Foi um desfecho decepcionante para uma temporada brilhante, mas temos que tirar daqui as lições para o próximo campeonato".
Entre as grandes, a Williams é a equipe que está há mais tempo em jejum: não vence o Mundial de Construtores desde 1997.
Para complicar ainda mais a situação, viu a Ferrari ampliar sua vantagem. O título de ontem foi o 13º da escuderia italiana, o quinto consecutivo. A Williams é, ainda, a segunda colocada nessa estatística, com nove conquistas.
"Trabalhar na Ferrari é um sonho que se torna realidade a cada dia, a cada corrida, a cada conquista. Essa equipe é unida, determinada. É um time dos sonhos", afirmou Jean Todt, diretor esportivo da escuderia, após subir ao pódio e tomar um banho de champanhe com Barrichello.
A exemplo da Williams, a Ferrari marcou pontos em 15 das 16 etapas do ano. Só falhou em Interlagos, em abril. (FSX)


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