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Regulamento produz "filhotes" para o futuro
DO ENVIADO A SUZUKA
Um novo regulamento, uma
geração de pilotos promissores,
equipes grandes voltando a trabalhar bem. A mistura desses três
elementos produziu o campeonato mais emocionante, apertado e
imprevisível desde 1999.
O Mundial 2003 vai ficar lembrado para sempre, nessa ordem,
pelo histórico hexacampeonato
de Michael Schumacher e pelo
quinto título seguido da Ferrari.
Mas será lembrado também por
algumas cenas memoráveis, que
começam a dar o tom do futuro.
E o futuro começa com Kimi
Raikkonen. Aos 23 anos, com
apenas três temporadas na categoria, o finlandês conseguiu levar
a luta pelo título até o último GP.
Foi, para ele, um ano inesquecível. Em março, na Malásia, venceu pela primeira vez na categoria
e, também uma novidade, assumiu a liderança do Mundial, que
segurou até o Canadá, em junho.
No entanto, a cena mais emblemática produzida pela nova geração leva a assinatura de Fernando
Alonso: transformou Schumacher em retardatário na Hungria,
prova que venceu, tornando-se,
aos 22 anos e 26 dias, o mais jovem vencedor da história da F-1.
O campeonato teve outras revelações. Como Mark Webber, que
ofuscou Antonio Pizzonia na Jaguar, contribuindo para a demissão do brasileiro, e Cristiano da
Matta, que se adaptou com facilidade à F-1 após anos de vivência
no automobilismo dos EUA.
Não bastaria, porém, apenas o
talento desses pilotos. O regulamento idealizado por Max Mosley, presidente da FIA (entidade
máxima do automobilismo), desempenhou papel fundamental
para o equilíbrio do Mundial.
Não fosse o novo sistema de
pontuação, que reduziu o peso da
vitória e distribuiu pontos a mais
pilotos, e Schumacher já teria sido
hexa em Indianápolis, há duas semanas. Pelo regulamento antigo,
ele teria encerrado a fatura com
dez pontos de vantagem sobre
Raikkonen, em vez de dois.
Desde 1999, quando Mika Hakkinen bateu Eddie Irvine por 76 a
74, a F-1 não via um resultado tão
apertado na tabela.
(FSX)
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