|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
IRL
Brasileiro chega ao 12º triunfo e consagra currículo em sua despedida dos EUA, marcada pela conquista de Scott Dixon
Ferran vence, mas calouro fica com título
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Gil de Ferran se despediu do automobilismo norte-americano
ontem em grande estilo. Largou
na pole e venceu o GP do Texas,
última etapa da IRL em 2003.
Não conseguiu, no entanto, impedir que o neozelandês Scott Dixon, 23, conquistasse o título em
sua temporada de estréia na categoria. Primeira taça também de
sua equipe, a Ganassi, que assim
como ele disputava o campeonato
da Indy até o ano passado.
A vitória de Ferran, mais que
um desfecho perfeito para uma
carreira que o consagrou na América, também o consolidou como
o melhor piloto brasileiro na era
pós-Senna em todas as categorias.
Em 160 corridas disputadas,
venceu 12 vezes, conseguiu 49 pódios, 21 pole positions e dois títulos -os da Indy, em 2000 e 2001.
Entre seus outros "adversários"
brasileiros, o que mais se aproxima de Ferran em números é Rubens Barrichello, que ontem completou 146 corridas na F-1, sete vitórias, 40 pódios e sete poles. Em
títulos, no entanto, o máximo que
Barrichello conseguiu foi um vice-campeonato mundial na temporada passada, pela Ferrari.
Ferran, no entanto, anunciou
que abandonaria as pistas após a
corrida de ontem. Mas ainda existe a possibilidade de que ele corra
na F-1 no ano que vem, como divulgou a Folha anteontem.
O piloto e seu empresário estariam costurando um acordo nos
bastidores para que ele disputasse
a temporada que vem pela Jordan, contando com a ajuda da Petrobras, que já estampou sua marca nos carros de Eddie Jordan.
Mas nada está definido ainda.
"Certamente seu eu conquistasse o campeonato seria a melhor
coisa. Mas falando sobre os meus
quatro anos na Penske e estes oito
ou nove anos nos EUA, posso dizer que foram anos fantásticos."
Para ficar com o título, Ferran
precisaria vencer e torcer por uma
combinação de resultados. Ficou
com o vice. Dixon, por outro lado,
dependia apenas de seu desempenho para abocanhar o troféu.
O segundo lugar foi suficiente
para que o neozelandês acabasse
com o jejum de seu time, que dominou a Indy no final dos anos 90
e havia vencido seu último campeonato em 1999, com Juan Pablo
Montoya. "Tirei um peso de meus
ombros", declarou Dixon.
Foi também a segunda vez na
história da IRL que um não-americano ficou com a taça. Antes de
Dixon, apenas Kenny Brack, em
1998, havia conseguido tal feito.
Completando o pódio chegou o
norte-americano Dan Wheldon.
Texto Anterior: Panorâmica - Futebol: Clubes querem indenização por ceder atletas à seleção Próximo Texto: Acidente entre brasileiros os tira da disputa Índice
|