UOL


São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

IRL

Brasileiro chega ao 12º triunfo e consagra currículo em sua despedida dos EUA, marcada pela conquista de Scott Dixon

Ferran vence, mas calouro fica com título

TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Gil de Ferran se despediu do automobilismo norte-americano ontem em grande estilo. Largou na pole e venceu o GP do Texas, última etapa da IRL em 2003.
Não conseguiu, no entanto, impedir que o neozelandês Scott Dixon, 23, conquistasse o título em sua temporada de estréia na categoria. Primeira taça também de sua equipe, a Ganassi, que assim como ele disputava o campeonato da Indy até o ano passado.
A vitória de Ferran, mais que um desfecho perfeito para uma carreira que o consagrou na América, também o consolidou como o melhor piloto brasileiro na era pós-Senna em todas as categorias.
Em 160 corridas disputadas, venceu 12 vezes, conseguiu 49 pódios, 21 pole positions e dois títulos -os da Indy, em 2000 e 2001.
Entre seus outros "adversários" brasileiros, o que mais se aproxima de Ferran em números é Rubens Barrichello, que ontem completou 146 corridas na F-1, sete vitórias, 40 pódios e sete poles. Em títulos, no entanto, o máximo que Barrichello conseguiu foi um vice-campeonato mundial na temporada passada, pela Ferrari.
Ferran, no entanto, anunciou que abandonaria as pistas após a corrida de ontem. Mas ainda existe a possibilidade de que ele corra na F-1 no ano que vem, como divulgou a Folha anteontem.
O piloto e seu empresário estariam costurando um acordo nos bastidores para que ele disputasse a temporada que vem pela Jordan, contando com a ajuda da Petrobras, que já estampou sua marca nos carros de Eddie Jordan. Mas nada está definido ainda.
"Certamente seu eu conquistasse o campeonato seria a melhor coisa. Mas falando sobre os meus quatro anos na Penske e estes oito ou nove anos nos EUA, posso dizer que foram anos fantásticos."
Para ficar com o título, Ferran precisaria vencer e torcer por uma combinação de resultados. Ficou com o vice. Dixon, por outro lado, dependia apenas de seu desempenho para abocanhar o troféu.
O segundo lugar foi suficiente para que o neozelandês acabasse com o jejum de seu time, que dominou a Indy no final dos anos 90 e havia vencido seu último campeonato em 1999, com Juan Pablo Montoya. "Tirei um peso de meus ombros", declarou Dixon.
Foi também a segunda vez na história da IRL que um não-americano ficou com a taça. Antes de Dixon, apenas Kenny Brack, em 1998, havia conseguido tal feito.
Completando o pódio chegou o norte-americano Dan Wheldon.



Texto Anterior: Panorâmica - Futebol: Clubes querem indenização por ceder atletas à seleção
Próximo Texto: Acidente entre brasileiros os tira da disputa
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.