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Técnicos de chegada
Destaques do segundo turno do Campeonato Brasileiro-2010 revertem tendência de suas carreiras de queda na reta final
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO
Os melhores técnicos do
segundo turno do Brasileiro
não estão acostumados a brilhar na hora da decisão.
Cuca (Cruzeiro), Renato
Gaúcho (Grêmio) e Paulo César Carpegiani (São Paulo)
construíram times de boas
arrancadas, mas incapazes
de manter o ritmo até o fim.
Neste ano, o quadro mudou.
Cuca é o melhor exemplo.
À frente do Cruzeiro, que virou líder do Nacional no domingo, tem chance de enterrar a fama de "amarelão".
Imagem que foi construída
em sua passagem pelo Botafogo. No clube carioca, montou uma equipe vistosa, que
empolgou a torcida. Mas perdeu as decisões de dois Estaduais consecutivos para o
Flamengo (2007 e 2008).
Só no ano seguinte, já pelo
Fla, faturou o campeonato
do Rio, sua única conquista
até agora. Pouco antes, na final da Taça Guanabara, ainda ouviu provocações da torcida botafoguense, que gritava "vice é o Cuca".
O técnico chegou ao Cruzeiro durante a pausa do Brasileiro para a Copa do Mundo. No primeiro turno, teve
64% de aproveitamento. Desempenho que pulou para
77% na segunda metade.
Graças a esse salto, a equipe mineira quebrou a alternância da liderança entre Corinthians e Fluminense.
Só o Grêmio, comandado
por Renato Gaúcho, tem retrospecto tão bom no segundo turno quanto o Cruzeiro.
Ídolo da torcida quando
jogador, Renato voltou ao
Olímpico com a obrigação de
tirar a equipe da luta contra o
rebaixamento e virou o turno
só uma posição acima da degola. Mas, depois, somou 23
pontos em 30 possíveis.
A série pôs o Grêmio na
disputa por vaga na Libertadores. Seis pontos o separam
do Corinthians, que fecha o
grupo de classificados.
O gaúcho construiu sua
carreira de treinador no Rio.
Teve destaque no Vasco e no
Fluminense, clube pelo qual
faturou a Copa do Brasil de
2007, mas não deslanchou. A
ponto de estar na segunda divisão, pelo Bahia, quando foi
buscado pelo time gaúcho.
Dos três líderes pós-19ª rodada, Carpegiani é o mais vitorioso. Mas suas grandes conquistas, Libertadores e
Mundial de clubes, remetem
ao início da década de 1980,
quando dirigia do Flamengo.
Nos últimos anos, dirigiu o
Corinthians em parte da
campanha que levou ao rebaixamento e teve boa largada de Brasileiro pelo Vitória.
Ele voltou a ganhar espaço
graças à série positiva no
Atlético-PR. O bom momento
o colocou no São Paulo.
Com ele no comando, foram até agora dois jogos e
duas vitórias. Somando os retrospectos pelos dois clubes,
ele tem 67% de aproveitamento no segundo turno.
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