São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011

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Toró

Ciclone Jova leva chuva, frio e vento forte a Guadalajara e organização do Pan já cogita diminuir cerimônia de abertura

MARCEL MERGUIZO
MARIANA LAJOLO

ENVIADOS ESPECIAIS A GUADALAJARA

A chuva, o frio e o vento forte provocados pelo ciclone Jova chegaram ontem a Guadalajara. Surpreenderam os atletas e ligaram o sinal de alerta dos organizadores.
Já se fala em diminuir a cerimônia de abertura, que acontece amanhã, caso a chuva castigue a festa.
A arena de vôlei de praia, em Porto Vallarta, uma das subsedes do evento no litoral, recebeu proteção especial anteontem. O furacão tem categoria 3, de um máximo de 5 na escala Saffir-Simpson, segundo o serviço meteorológico do México. Ele deve enfraquecer nos próximos dias.
"Os especialistas disseram que a chuva vai acabar em 36 horas, espero que eles acertem", declarou ontem Felipe Muñoz, secretário-geral da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana).
"O vento pode ser prejudicial em algumas zonas. Vai afetar o vôlei de praia, mas estamos cuidando disso."
Na Vila Pan-Americana, residência dos atletas, o movimento era pequeno ontem na "zona internacional", onde há lojas e lanchonetes.
Havia muito mais jornalistas do que competidores tentando se abrigar da chuva sob as tendas erguidas no local.
Atletas chegavam dos treinos se cobrindo com proteções improvisadas. Alguns tiraram da mala cachecóis e toucas de frio. A temperatura mínima foi de 14º C durante a manhã e a tarde.
A equipe brasileira de natação, que chegou de San Luís de Potosí, onde fez aclimatação, não estava preparada para o frio. De bermuda, a maior parte dos atletas reclamava da chuva na chegada.
Houve também várias interrupções no fornecimento de energia pela cidade durante a noite e pela manhã.
Para Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), o ciclone não deve afetar o desempenho dos atletas. "Vai ser igual para todos, os atletas estão prontos para se adaptar", disse o dirigente.
O COB tem um meteorologista para ajudar a delegação no Pan. Ele vai atuar principalmente nas provas de vela, também em Puerto Vallarta.
Chefe da missão do país em Guadalajara, Bernard Rajzman, disse que o mau tempo não havia provocado cancelamentos de treinos. "Preocupação séria contra a chuva é guarda-chuva", afirmou.
Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, amanhã, às 22h, Hugo Hoyama espera não ter de desfilar sob o aguaceiro.
"Durante a festa, nem vai ser um problema, mas tem de tomar muito cuidado depois. Preciso me cuidar porque quero acordar bem no outro dia. Não posso ficar doente", disse o mesa-tenista, que estreia no Pan no sábado.


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