São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011

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FOCO

Na Série D, time da Paraíba paga juízes com notas falsas

ADRIANO WILKSON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Treze, time de Campina Grande (PB) que joga a Série D do Brasileiro, pagou a taxa de arbitragem aos três juízes que apitaram seu último jogo com notas falsas de R$ 50.
Os árbitros só perceberam as cédulas quando foram depositar o dinheiro no banco.
O Treze empatou em 3 a 3 com o Santa Cruz-PE pelas quartas de final da Série D. O jogo da volta, em Recife, está marcado para este domingo. Quem vencer está na Série C.
Sálvio Spínola, o juiz principal, e seus auxiliares Alessandro de Matos e Lorival das Flores receberam cerca de R$ 8.000 do Treze. Pelo menos sete notas que os auxiliares receberam eram falsas.
"Isso é uma coisa muito comum no futebol", disse Spínola, que afirmou ter depositado todo o seu dinheiro no banco, sem que a instituição acusasse notas falsas.
"Comigo já aconteceu várias vezes, principalmente no interior de São Paulo", declarou o árbitro, que isentou o Treze de culpa no caso.
Acionada pelos auxiliares, a federação paraibana informou o clube sobre o assunto.
"Se isso aconteceu mesmo, a responsabilidade é toda nossa, e vamos ressarcir os árbitros", disse Fábio Azevedo, presidente do Treze.
Segundo o cartola, o dinheiro usado no pagamento aos juízes veio direto da bilheteria. "Nosso diretor financeiro está viajando. Quando ele voltar, vamos apurar isso. Talvez nós mesmos tenhamos recebido dinheiro falso."
Os 11.345 ingressos vendidos renderam R$ 130.700.


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