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FUTEBOL
Time do Parque Artarctica domina jogo contra São Paulo, com nove reservas em campo, e está a 3 pontos do Goiás
Palmeiras vira e sonha com Libertadores
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A oportunidade foi dada, e o
Palmeiras não a deixou escapar.
Contra um time formado por nove jogadores reservas, o São Paulo
viu seu arqui-rival virar o clássico
no Pacaembu para 2 a 1.
Se, para o São Paulo, o confronto valia praticamente nada, para o
time do Parque Antarctica, o
triunfo, depois de dois tropeços
seguidos, significou a renovação
das esperanças de ficar com uma
das quatro vagas na Taça Libertadores em 2006. Com 61 pontos, a
distância para o atual dono do
quarto lugar, o Goiás, que hoje pega o Atlético-PR, é de três pontos.
"Precisávamos vencer os jogos
que nos restam. Cumprimos um,
agora faltam quatro", disse o meia
Juninho, já com o pensamento
voltado para a partida do próximo dia 16, diante do Juventude,
no Parque Antarctica.
Para os são-paulinos, que na
quarta voltam a campo, diante do
Goiás, e que entraram ontem pensando em impressionar o técnico
Paulo Autuori para, quem sabe,
cavar uma vaga no elenco do
Mundial de Clubes, restou a lição,
aprendida ao menos pelo volante
Alê. "Fizemos 1 a 0, mas relaxamos, demos uma acomodada. E
em clássico isso não pode."
O Palmeiras, que apostou, novamente, na mudança de seus laterais, conseguiu melhorar a produção ofensiva pelos lados do
gramado. No primeiro tempo, as
subidas de André Cunha e Michael empurravam a marcação
são-paulina, montada para segurar o meio-campo, com cinco jogadores, mas falha nas laterais.
O espaço dado aos laterais palmeirenses aparecia porque os jogadores rivais desse setor, Fábio
Santos e Hernanes, eram obrigados a fechar para o meio da área
para marcar os dois atacantes.
Dessa maneira, em menos de 15
minutos o Palmeiras criou duas
chances claras de abrir o placar,
mas esbarrou na ineficiência nas
finalizações cara-a-cara.
O São Paulo conseguiu equilibrar o jogo só a partir da metade
da etapa inicial, quando passou a
apostar nos lançamentos para
Christian e na chegada ao ataque
de Leandro Bonfim, pela direita, e
Richarlyson, pela esquerda -Alê
e Denilson também adiantaram o
posicionamento, deixando apenas Renan como o volante cuja
única preocupação era a marcar
os armadores adversários.
O problema do São Paulo, no
entanto, era semelhante ao do rival: poucos chutes a gol.
Para o segundo tempo, o Palmeiras mudou o esquema tático.
O técnico Emerson Leão voltou à
formação mais comum do time
no Brasileiro, com apenas um atacante. Leão tirou Gioino, adiantou Marcinho e colocou Diego
Souza para ajudar Juninho a criar.
Paulo Autuori não fez mudanças, mas houve a inversão de posicionamento de Leandro Bonfim
com Richarlyson.
Aos 18min, o primeiro gol saiu e
começou a enterrar a impressão
que a morosidade do primeiro
tempo iria se repetir. Christian
desviou a bola de cabeça e colocou Richarlyson em vantagem
com relação à defesa palmeirense.
Ele dominou, invadiu a área e bateu no alto, sem chances para
Marcos defender.
Mesmo em desvantagem, o Palmeiras seguiu dominando e, aos
22min empatou. Na cobrança de
escanteio originado de uma grande defesa de Rogéio -ele pegou
um arremate à queima-roupa de
Marcinho-, Daniel marcou.
Quatro minutos depois de igualar o marcador, o Palmeiras conseguiu a virada, com Juninho.
Os são-paulinos, que pareciam
se contentar com um 0 a 0, partiram para tentar o 2 a 2, mas a atitude fez que os espaços para os
contra-ataques palmeirenses aparecessem. Porém o time de Emerson Leão não conseguiu aumentar a vantagem, mas não deixou
de sair satisfeito com o 2 a 1.
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