São Paulo, domingo, 13 de novembro de 2005

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FUTEBOL

Time do Parque Artarctica domina jogo contra São Paulo, com nove reservas em campo, e está a 3 pontos do Goiás

Palmeiras vira e sonha com Libertadores

PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A oportunidade foi dada, e o Palmeiras não a deixou escapar. Contra um time formado por nove jogadores reservas, o São Paulo viu seu arqui-rival virar o clássico no Pacaembu para 2 a 1.
Se, para o São Paulo, o confronto valia praticamente nada, para o time do Parque Antarctica, o triunfo, depois de dois tropeços seguidos, significou a renovação das esperanças de ficar com uma das quatro vagas na Taça Libertadores em 2006. Com 61 pontos, a distância para o atual dono do quarto lugar, o Goiás, que hoje pega o Atlético-PR, é de três pontos.
"Precisávamos vencer os jogos que nos restam. Cumprimos um, agora faltam quatro", disse o meia Juninho, já com o pensamento voltado para a partida do próximo dia 16, diante do Juventude, no Parque Antarctica.
Para os são-paulinos, que na quarta voltam a campo, diante do Goiás, e que entraram ontem pensando em impressionar o técnico Paulo Autuori para, quem sabe, cavar uma vaga no elenco do Mundial de Clubes, restou a lição, aprendida ao menos pelo volante Alê. "Fizemos 1 a 0, mas relaxamos, demos uma acomodada. E em clássico isso não pode."
O Palmeiras, que apostou, novamente, na mudança de seus laterais, conseguiu melhorar a produção ofensiva pelos lados do gramado. No primeiro tempo, as subidas de André Cunha e Michael empurravam a marcação são-paulina, montada para segurar o meio-campo, com cinco jogadores, mas falha nas laterais.
O espaço dado aos laterais palmeirenses aparecia porque os jogadores rivais desse setor, Fábio Santos e Hernanes, eram obrigados a fechar para o meio da área para marcar os dois atacantes.
Dessa maneira, em menos de 15 minutos o Palmeiras criou duas chances claras de abrir o placar, mas esbarrou na ineficiência nas finalizações cara-a-cara.
O São Paulo conseguiu equilibrar o jogo só a partir da metade da etapa inicial, quando passou a apostar nos lançamentos para Christian e na chegada ao ataque de Leandro Bonfim, pela direita, e Richarlyson, pela esquerda -Alê e Denilson também adiantaram o posicionamento, deixando apenas Renan como o volante cuja única preocupação era a marcar os armadores adversários.
O problema do São Paulo, no entanto, era semelhante ao do rival: poucos chutes a gol.
Para o segundo tempo, o Palmeiras mudou o esquema tático. O técnico Emerson Leão voltou à formação mais comum do time no Brasileiro, com apenas um atacante. Leão tirou Gioino, adiantou Marcinho e colocou Diego Souza para ajudar Juninho a criar.
Paulo Autuori não fez mudanças, mas houve a inversão de posicionamento de Leandro Bonfim com Richarlyson.
Aos 18min, o primeiro gol saiu e começou a enterrar a impressão que a morosidade do primeiro tempo iria se repetir. Christian desviou a bola de cabeça e colocou Richarlyson em vantagem com relação à defesa palmeirense. Ele dominou, invadiu a área e bateu no alto, sem chances para Marcos defender.
Mesmo em desvantagem, o Palmeiras seguiu dominando e, aos 22min empatou. Na cobrança de escanteio originado de uma grande defesa de Rogéio -ele pegou um arremate à queima-roupa de Marcinho-, Daniel marcou.
Quatro minutos depois de igualar o marcador, o Palmeiras conseguiu a virada, com Juninho.
Os são-paulinos, que pareciam se contentar com um 0 a 0, partiram para tentar o 2 a 2, mas a atitude fez que os espaços para os contra-ataques palmeirenses aparecessem. Porém o time de Emerson Leão não conseguiu aumentar a vantagem, mas não deixou de sair satisfeito com o 2 a 1.


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