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Corinthians já tem acerto verbal com o substituto, Oswaldo de Oliveira
Era outra vez Luxemburgo
Patrícia Santos - 26.out.01/Folha Imagem
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O treinador Wanderley Luxemburgo, que foi demitido ontem pela diretoria do Corinthians |
EDUARDO ARRUDA
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
A segunda gestão de Wanderley
Luxemburgo, 49, no Corinthians
chegou ontem ao final.
Dez meses, seis torneios e apenas uma conquista depois, o técnico e manager perdeu a confiança da diretoria corintiana, conforme a Folha antecipou ontem.
A mesma diretoria que lhe havia
dado nova chance após a série de
acusações, o fiasco na Olimpíada
e a demissão da seleção, em 2000.
E que por isso mesmo não previu
indenização em seu contrato.
Situação bem diferente daquela
de 1998, quando o técnico, então
festejado, deixou o Parque São
Jorge para dirigir o time nacional.
Agora, o Corinthians espera assinar contrato com Oswaldo de
Oliveira, 51, campeão mundial
pelo clube em 2000. A Folha apurou que já há acerto verbal entre o
Corinthians e o treinador do Fluminense. Mas a apresentação oficial aconteceria apenas em 2 de janeiro do próximo ano.
A diretoria só não confirmou
oficialmente a volta de Oliveira a
seu pedido, pois não quer que seu
nome fique associado à demissão
do ex-chefe e mentor.
Além de Luxemburgo, foram
demitidos do clube o gerente Luiz
Henrique de Menezes e parte da
comissão técnica.
O vice Roque Citadini pediu a
Menezes, amigo de Luxemburgo,
que avisasse o treinador sobre a
reformulação no clube.
À tarde, as demissões foram formalizadas. "Fizemos uma avaliação e decidimos trocar a comissão
técnica", disse Citadini.
Em sua segunda passagem pelo
Corinthians, Luxemburgo ganhou o Paulista. Depois, na avaliação dos dirigentes, se "perdeu".
Desde a derrota na final da Copa
do Brasil, em junho deste ano, os
dirigentes corintianos vinham se
queixando da maneira com a qual
Luxemburgo conduzia a equipe.
As atitudes do técnico, consideradas autoritárias e pouco hábeis,
intensificaram o atrito entre ele e
a cúpula do clube paulista.
Na semana que antecedeu a decisão da Copa do Brasil, o treinador teria ficado abalado com a escolha de seu desafeto Luiz Felipe
Scolari para dirigir a seleção. O
comportamento de Luxemburgo,
segundo os cartolas, foi determinante na derrota para o Grêmio.
A saída de Marcelinho, outro
desafeto do técnico, também pesou na demissão. Na avaliação da
direção corintiana, faltou jogo de
cintura ao treinador para contornar o problema que determinou a
perda do jogador para o Santos.
Os corintianos também se sentiram traídos por Luxemburgo
após ele bancar uma reformulação ampla no grupo de jogadores
-com apoio irrestrito da diretoria- e, mesmo assim, ter se oferecido para dirigir o Cruzeiro.
A gota d'água para a queda do
técnico, porém, foi sua inclusão
no relatório final da CPI do Futebol. Em seu texto, o senador Geraldo Althoff (PFL-SC) sugeriu ao
Ministério Público o indiciamento de Luxemburgo pela prática de
crimes tributários.
A Folha não conseguiu localizar
Luxemburgo e Oliveira ontem.
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