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Ronaldo exigiu saída sem multa em 6 meses
Clube se recusa a atendê-lo e negocia inclusão de pagamento por rescisão
Corinthians afirma que está
coberto se atleta for embora
antes do fim do contrato
porque deixará parceiros
que eventualmente trouxer
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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Sob chuva de fitas, Ronaldo é apresentado à torcida
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
Na primeira conversa que teve com o Corinthians sobre o
contrato de Ronaldo, o procurador do atacante, Fabiano Farah, pediu uma cláusula que
permitisse a sua saída do Parque São Jorge na metade de
2009 sem multa. O clube, porém, recusou-se a atendê-lo.
Pela versão da diretoria, o
agente ouviu que, se fosse para
o jogador se recuperar e deixar
o time quando estivesse em forma, sem pagar nada, não interessava aos corintianos. Mesmo se viesse de graça.
Atleta e procurador, então,
aceitaram que o clube incluísse
uma multa. O contrato ainda
estava sendo finalizado ontem.
Anteontem, ao "Globo Esporte", Ronaldo afirmou que
não pretende usar o Corinthians como "trampolim" para
uma nova transferência para
um clube da Europa.
A Folha telefonou para Farah anteontem e ontem, mas
ele não atendeu às ligações.
Luís Paulo Rosenberg, vice
de marketing, recusou-se a falar em cifras, mas disse não haver necessidade de um valor
muito alto para a multa.
"Nós estamos cobertos. Se
ele sair, o patrocinador que
chegar ao clube por causa do
Ronaldo vai continuar. Vamos
fazer contratos por um ano."
Como o atacante se recupera
de cirurgia no joelho e não sabe
quando estará em forma, os corintianos temiam que ele fizesse poucas partidas e em seguida aceitasse uma proposta milionária do exterior, sem que o
Corinthians recebesse uma indenização. Tal situação jogaria
a torcida contra a diretoria.
O acordo com Ronaldo também será válido por 12 meses.
A parte mais complicada do
documento foi a que se refere
ao pagamento de impostos. Em
2009, pela primeira vez desde
que saiu do país, Ronaldo pagará tributos no Brasil.
Farah exigiu que o clube pague os impostos do atacante,
que receberá cerca de R$ 400
mil mensais, além de 80% do
valor dos patrocínios nas mangas, no calção e nas meias.
A justificativa para que o Corinthians fique responsável pelos impostos é que na Europa
os contratos são assim.
A primeira versão do acordo
de imagem foi feita pelos representantes do jogador e enviada anteontem para avaliação dos advogados do clube.
Ela não previa que Ronaldo
se apresentasse em programas
de TV com um dos uniformes
do Corinthians. Mas, como essa regra vale para os outros
atletas do time e os patrocinadores são fundamentais para
que ele jogue no Parque São
Jorge, essa cláusula deve ser
incluída no contrato.
Também não há previsão de
passagens aéreas para Ronaldo
viajar para o Rio, onde vive a
sua família. Apesar de Ronaldo
ser proprietário de vários flats
em São Paulo, o previsto é que
o Corinthians alugue um imóvel para seu novo astro.
Há também previsão de pagamento de prêmios por conquistas de títulos e artilharia.
Colaborou RODRIGO MATTOS,
da Reportagem Local
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