São Paulo, segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

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PRANCHETA DO PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

O lado do Inter

O INTER estreia amanhã no Mundial de Clubes, no qual será mais um representante do sistema da moda no futebol mundial. Como a Inter de Milão, a seleção de Mano e até o Barcelona por três meses do primeiro semestre, o Inter jogará no 4-2-3-1. Já era assim na decisão da Libertadores contra o Chivas, pouco depois de Celso Roth assumir e mudar o time de Jorge Fossatti. Mas havia uma diferença: Taison.
"Ele nos dava uma profundidade maior, sim", admite Roth. Taison fazia o lado esquerdo da linha de armadores, com D'Alessandro à direita e Tinga na faixa central. Mas saía da ponta esquerda para a posição de segundo atacante, e isso oferecia ao centroavante Alecsandro sempre alguém por perto, para as tabelas que furam defesas.
A troca de Taison por Giuliano é responsável pela melhor definição para o futebol sem sal do Inter do segundo semestre: "Precisamos ter mais ganância do gol", disse Roth, na semana da vitória por 3 x 2 sobre o Corinthians, em setembro.
Contra o Mazembe, Rafael Sóbis é o escolhido para fazer o lado direito da linha de armadores. Agora, D'Alessandro joga pela esquerda e Tinga segue armando por dentro. Roth passou os últimos três meses cobrando que Sóbis volte para marcar o lateral e preencher o espaço do meio-campo. Conseguiu. A dúvida é se Sóbis terá pernas para fazer sua parte quando tiver a bola, ou seja, chegar à grande área com a força dos atacantes que decidem jogos e garantem taças.
Esse é o maior dilema do futebol brasileiro. Há anos, repetiu-se que é mais fácil ensinar o craque a marcar do que o brucutu a jogar. A dúvida é se, de tanto marcar, o craque tem fôlego para brilhar. Se Sóbis tiver, o Inter terá em Abu Dhabi o futebol necessário para lutar pelo bi mundial.

O ÚNICO RISCO
Roth diz que o Mazembe é perigoso. O time do Congo é mesmo muito rápido e explora bem as costas dos laterais adversários. Esse é o maior cuidado do Inter na semifinal. Sem esquecer que Kléber precisa ser opção ofensiva.

CORDA BAMBA
Rafa Benítez não consegue convencer seus atletas de que o posicionamento menos rígido, comparado com Mourinho, pode dar resultado.


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