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Só a Inter justifica seu nome global
MUNDIAL DE CLUBES
Time de Milão tem apenas cinco italianos
RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO
Internazionale e Internacional têm nomes similares
pelo menos objetivo, mas no
Mundial da Fifa deste ano
apenas a Inter italiana poderá justificá-lo de verdade.
Apenas três jogadores inscritos pelo Inter no torneio
são estrangeiros. E esses três
têm a mesma nacionalidade:
são os argentinos Pato Abbondanzieri, Guiñazu e D'Alessandro. Já a Inter só tem
cinco italianos inscritos e
possui 13 nacionalidades diferentes em seu elenco.
A Internazionale tem esse
nome por causa da vontade
de seus sócios de aceitar não
só jogadores italianos, mas
também estrangeiros, uma
resposta direta ao arquirrival
Milan, que não tinha as portas abertas nos primórdios.
O Internacional foi batizado dessa forma porque foi
criado para brasileiros e estrangeiros, contrariando a
"política de discriminação"
do arquirrival Grêmio e do
Fuss-Ball, segundo descreve
o site do clube colorado.
Até o início dos anos 90, a
Inter respeitava o limite de
estrangeiros em seu elenco,
mas a Lei Bosman acabou
com as barreiras. O Inter, por
sua vez, ainda está preso ao
regulamento da CBF, que
não permite mais de três forasteiros em campo.
O clube gaúcho ainda tem
outro estrangeiro em seu grupo, o defensor uruguaio Sorondo, mas sua inscrição de
última hora não foi permitida
pela Fifa. O Internacional
chega ao Mundial com muitas pratas da casa brasileiras,
como Leandro Damião, Giuliano, Rafael Sóbis e Sasha
-além de garotos formados
em outros clubes do país, como Oscar, ex-São Paulo.
Castelazzi, Orlandoni, Materazzi, Benedetti e Santon,
os italianos da Inter, são figurantes hoje no elenco do técnico Rafael Benítez. Materazzi é o que pode ser mais aproveitado. Já Guiñazu e D'Alessandro, dois dos estrangeiros
do Inter, são peças fundamentais para Celso Roth.
Em 2005, quando o Mundial de Clubes da Fifa começou a ser regular, o presidente da entidade, Joseph Blatter, criticou o abismo que separa o representante europeu do campeão sul-americano em número de estrangeiros. Ele tentou sem sucesso emplacar a regra 6+5, que
colocaria um limite de "gringos" nos times europeus.
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