São Paulo, segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Só a Inter justifica seu nome global

MUNDIAL DE CLUBES

Time de Milão tem apenas cinco italianos

RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO

Internazionale e Internacional têm nomes similares pelo menos objetivo, mas no Mundial da Fifa deste ano apenas a Inter italiana poderá justificá-lo de verdade.
Apenas três jogadores inscritos pelo Inter no torneio são estrangeiros. E esses três têm a mesma nacionalidade: são os argentinos Pato Abbondanzieri, Guiñazu e D'Alessandro. Já a Inter só tem cinco italianos inscritos e possui 13 nacionalidades diferentes em seu elenco.
A Internazionale tem esse nome por causa da vontade de seus sócios de aceitar não só jogadores italianos, mas também estrangeiros, uma resposta direta ao arquirrival Milan, que não tinha as portas abertas nos primórdios.
O Internacional foi batizado dessa forma porque foi criado para brasileiros e estrangeiros, contrariando a "política de discriminação" do arquirrival Grêmio e do Fuss-Ball, segundo descreve o site do clube colorado.
Até o início dos anos 90, a Inter respeitava o limite de estrangeiros em seu elenco, mas a Lei Bosman acabou com as barreiras. O Inter, por sua vez, ainda está preso ao regulamento da CBF, que não permite mais de três forasteiros em campo.
O clube gaúcho ainda tem outro estrangeiro em seu grupo, o defensor uruguaio Sorondo, mas sua inscrição de última hora não foi permitida pela Fifa. O Internacional chega ao Mundial com muitas pratas da casa brasileiras, como Leandro Damião, Giuliano, Rafael Sóbis e Sasha -além de garotos formados em outros clubes do país, como Oscar, ex-São Paulo.
Castelazzi, Orlandoni, Materazzi, Benedetti e Santon, os italianos da Inter, são figurantes hoje no elenco do técnico Rafael Benítez. Materazzi é o que pode ser mais aproveitado. Já Guiñazu e D'Alessandro, dois dos estrangeiros do Inter, são peças fundamentais para Celso Roth.
Em 2005, quando o Mundial de Clubes da Fifa começou a ser regular, o presidente da entidade, Joseph Blatter, criticou o abismo que separa o representante europeu do campeão sul-americano em número de estrangeiros. Ele tentou sem sucesso emplacar a regra 6+5, que colocaria um limite de "gringos" nos times europeus.


Texto Anterior: Prancheta do PVC: O lado do Inter
Próximo Texto: Jogadores do Inter dobram dirigente
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.