São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 2007

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Santos de Pelé tornou ponto corrido chato

DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro abandono da fórmula dos pontos corridos no Campeonato Paulista emplacou graças a um argumento que seria incabível para seu banimento atual. O Santos de Pelé dominava o certame com tamanha vantagem que a competição perdia o apelo.
Na conquista de 1968, por exemplo, o time levantou o título com 11 pontos de vantagem sobre o segundo colocado -numa época em que a vitória valia dois pontos, o que tornava mais difícil para um clube abrir distância dos rivais na classificação.
Naquela década, o futebol paulista ostentou sua menor alternância de campeões na história: além do Santos (oito vezes), só o Palmeiras ergueu o troféu nas temporadas de 1963 e 1966.
Já a década atual, em que o sistema foi usado nos dois últimos anos, é a que tem a maior alternância de campeões na história do futebol profissional em São Paulo.
Desde 2000, foram cinco clubes diferentes: São Paulo (2000 e 2005), Corinthians (2001 e 2003), Ituano (2002), São Caetano (2004) e Santos (2006).
A marca só é igualada pela dos anos 70, porque, em 1973, o título foi dividido entre Santos e Portuguesa.
Os que anseiam por uma possível volta da fórmula, que prevalece no Brasileiro, ao Estadual terão que esperar ao menos até 2009.
Entre outros motivos, para evitar a sucessiva troca de regulamentos -fenômeno corriqueiro nos Estaduais pelo Brasil-, o Estatuto do Torcedor, lei de proteção aos direitos dos torcedores, de 2003, determina que o formato de disputa dos torneios precisa ser mantido por ao menos dois anos.
Assim, na sua edição de 2008, o Paulista, por força legal, terá que repetir o sistema de mata-matas e de campeão do interior que estréia neste ano. (LF)


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