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Santos de Pelé tornou ponto corrido chato
DA REPORTAGEM LOCAL
O primeiro abandono da
fórmula dos pontos corridos
no Campeonato Paulista emplacou graças a um argumento que seria incabível
para seu banimento atual. O
Santos de Pelé dominava o
certame com tamanha vantagem que a competição perdia o apelo.
Na conquista de 1968, por
exemplo, o time levantou o
título com 11 pontos de vantagem sobre o segundo colocado -numa época em que a
vitória valia dois pontos, o
que tornava mais difícil para
um clube abrir distância dos
rivais na classificação.
Naquela década, o futebol
paulista ostentou sua menor
alternância de campeões na
história: além do Santos (oito vezes), só o Palmeiras ergueu o troféu nas temporadas de 1963 e 1966.
Já a década atual, em que o
sistema foi usado nos dois últimos anos, é a que tem a
maior alternância de campeões na história do futebol
profissional em São Paulo.
Desde 2000, foram cinco
clubes diferentes: São Paulo
(2000 e 2005), Corinthians
(2001 e 2003), Ituano
(2002), São Caetano (2004)
e Santos (2006).
A marca só é igualada pela
dos anos 70, porque, em
1973, o título foi dividido entre Santos e Portuguesa.
Os que anseiam por uma
possível volta da fórmula,
que prevalece no Brasileiro,
ao Estadual terão que esperar ao menos até 2009.
Entre outros motivos, para
evitar a sucessiva troca de regulamentos -fenômeno corriqueiro nos Estaduais pelo
Brasil-, o Estatuto do Torcedor, lei de proteção aos direitos dos torcedores, de
2003, determina que o formato de disputa dos torneios
precisa ser mantido por ao
menos dois anos.
Assim, na sua edição de
2008, o Paulista, por força legal, terá que repetir o sistema de mata-matas e de campeão do interior que estréia
neste ano.
(LF)
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