São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

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CIDA SANTOS

Rumo aos Jogos de Pequim


Na Venezuela, que disputará a Olimpíada pela primeira vez, o herói foi o técnico brasileiro Ricardo Navajas

SÉRVIA, EUA e Venezuela têm bons motivos para festejar. As três seleções masculinas venceram os seus respectivos Pré-Olímpicos continentais de vôlei e conquistaram vaga para os Jogos de Pequim. Também já estão classificados Brasil, China, Rússia e Bulgária.
Na Venezuela, que pela primeira vez vai disputar uma Olimpíada, o herói foi o técnico brasileiro Ricardo Navajas. A tática dele para vencer a Argentina foi arriscada: o bloqueio e a defesa tinham de marcar o ataque adversário sempre na paralela. A estratégia de Navajas deu certo.
Geralmente, quando a defesa está na paralela, o bloqueio fica na diagonal. Ou vice-versa. A Argentina seguiu o roteiro previsto por Navajas e concentrou o ataque na paralela. A vitória foi por 3 sets a 1. O técnico acredita que a Venezuela lutará por medalha em Pequim. Vai ser difícil.
Os EUA venceram o Pré-Olímpico da América do Norte e Central. Eles eram os favoritos, mas temiam nova surpresa. A final foi contra Porto Rico, que havia surpreendido os americanos na Copa do Mundo, com 29 pontos do oposto Hector Soto.
Não por acaso, depois da vitória por 3 sets a 0 na final do Pré-Olímpico, na sexta, o técnico dos EUA, Hugh McCutchean, disse estar aliviado. Quem mais uma vez tropeçou foi a renovada seleção cubana: perdeu para os americanos na semifinal e ficou fora da decisão do torneio.
Quem surpreendeu foi a Sérvia, que estava em baixa. Com o levantador Nikola Grbic, o oposto Ivan Miljkovic e um time renovado, fez um jogão com a Espanha na final do Pré-Olímpico. Depois de perder os dois primeiros sets, venceu por 3 a 2 (24/26, 16/25, 25/19, 25/17 e 15/17).
O destaque foi Miljkovic, com 25 pontos. A maior tristeza ficou com a Holanda, cujo sonho olímpico acabou. Devido ao ranking, não disputará o Pré-Olímpico Mundial, última chance de ir a Pequim. As três seleções européias que vão participar são: Espanha, Polônia e Itália.
Quem mergulhou na crise foi a Itália. Comandada pelo novo treinador, Andrea Anastasi, a seleção não chegou nem sequer às semifinais do Pré-Olímpico europeu. Foi mais um duro golpe para um país que se sagrou tricampeão mundial de vôlei nos anos 90.

CRISE ITALIANA
O técnico Julio Velasco, que comandou a Itália nos seus anos de ouro na década de 90, apontou um dos motivos para crise: a presunção. Afirmou que os italianos criaram uma mentalidade de superioridade em relação aos adversários achando que para vencer era preciso apenas o nome, a tradição.

PRÉ-OLÍMPICO
Oito seleções femininas começam a jogar amanhã, na Alemanha, o Pré-Olímpico europeu. A disputa vai ser boa: a Rússia, atual campeã mundial e vice olímpica, é favorita. Está no Grupo A com Croácia, Romênia e Sérvia. No B, estão Alemanha, Turquia, Holanda e Polônia.

cidasan@uol.com.br


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