|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Rio apresenta Copa como trunfo para ter Olimpíada
Dossiê afirma que o legado do Mundial de 2014 irá diminuir gastos para 2016
Obras do Maracanã, palco da cerimônia de abertura, e dos estádios que receberão o futebol dos Jogos estarão prontas dois anos antes
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Dois anos antes dos Jogos de
2016, o Rio já estará pronto para receber um dos maiores
eventos esportivos do mundo.
A Copa de 2014 será no Brasil.
E é exibida como trunfo no dossiê carioca entregue ao Comitê
Olímpico Internacional.
O calhamaço de 538 páginas
cita diversas vezes o evento de
futebol. Muitas delas para mostrar que ele representa orçamento mais enxuto para 2016.
Curiosamente, esse conforto
é dado por ferrenho crítico do
uso de dinheiro público pelo
Comitê Olímpico Brasileiro.
Ricardo Teixeira, presidente da
CBF, abraçou a causa dos clubes formadores em busca de
seu quinhão da Lei Piva.
Por onde passa, o dirigente
reforça que a Copa brasileira
será realizada com recursos
privados, ao contrário de uma
possível Olimpíada.
A reforma do Maracanã, por
exemplo, cairá na conta do
evento de futebol. Assim como
parte das obras viárias do entorno. O estádio é o palco da cerimônia de abertura dos Jogos.
Até 2014, a capital fluminense prevê ter feito melhorias em
aeroportos e acessos à cidade.
Teixeira já afirmou que nenhum aeroporto do país hoje
atende às exigências da Fifa.
A realização da Copa também é garantia de que as sedes
dos torneios de futebol olímpicos estarão prontas para 2016.
Além do Rio, Belo Horizonte,
São Paulo, Brasília e Salvador
foram as cidades escolhidas. Se
alguma delas não estiver na lista da Fifa, no entanto, o COB já
tem carta-branca do COI (Comitê Olímpico Internacional)
para inscrever outro local.
"A Copa vai nos entregar estádios prontos. A ideia é aproveitar 100% o legado da Copa
para o futebol olímpico", afirmou Carlos Roberto Osório, secretário-geral do comitê.
Principal ponto fraco do Rio
na primeira fase de disputa pela
Olimpíada, a segurança é outro
item que o dossiê de candidatura liga à realização da Copa.
Em 2014, afirma o texto, estratégias para a redução da criminalidade, como as previstas
para os Jogos Olímpicos, já terão sido colocadas em prática.
Copa do Mundo, no entanto,
não significa apenas bons legados para o Rio. Se a competição
de futebol no Brasil é um trunfo, a experiência de 2010 pode
se tornar um transtorno.
A Fifa decidiu optar por revezamento de continentes e deu
também a um país emergente,
que nunca havia recebido o
evento, a chance de organizar a
Copa. A África do Sul já sofreu
com atrasos de obras que levaram Joseph Blatter, mandatário da Fifa, a falar em plano B.
As construções já voltaram
ao ritmo desejado, e o dirigente
disse confiar nos sul-africanos.
O comitê da Rio-2016, no entanto, acredita que novo problema até 2 de outubro, data da
escolha da sede olímpica, pode
levar o COI a desistir de apostar
em outro país emergente.
Em junho, a África do Sul recebe a Copa das Confederações. O evento acontece durante o período de visitas do COI às
cidades candidatas.
(EDUARDO OHATA, DENISE MENCHEN, MARIANA BASTOS E MARIANA LAJOLO)
Texto Anterior: Fúria: Presidente do COB se irrita com pergunta sobre CPI do esporte Próximo Texto: Rivais criam fundos para enfrentar crise Índice
|