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Rivais criam fundos para enfrentar crise
DA REPORTAGEM LOCAL
Precaução é a palavra de
ordem para as cidades rivais
do Rio na disputa pela sede
da Olimpíada de 2016. Antecipando efeitos negativos da
crise econômica, Tóquio e
Chicago criaram fundos de
reserva de dinheiro para cobrir futuros rombos no orçamento previsto no dossiê.
Quando se trata da organização de uma Olimpíada, estouro dos gastos previstos no
dossiê de candidatura é algo
que ocorre com frequência.
Londres-2012, por exemplo,
prevê gastar US$ 16,5 bilhões, três vezes mais do que
fora estimado inicialmente.
O comitê de Chicago diz
ter pelo menos US$ 1 bilhão
garantido caso o custo dos
Jogos excedam os US$ 4,8 bilhões estipulados no dossiê.
A rede de segurança financeira inclui um fundo anticrise de US$ 450 milhões,
um seguro de US$ 500 milhões e uma garantia de US$
500 milhões do governo da
cidade de Chicago, que seria
usada como último recurso.
Tóquio mostrou-se ainda
mais precavida. Em janeiro
de 2006, a prefeitura da capital japonesa criou um fundo
de reservas especialmente
para os Jogos Olímpicos, que
já acumulou US$ 2,8 bilhões,
segundo dados do dossiê da
candidatura asiática. A prefeitura prevê que esse valor
chegue a US$ 3,7 bilhões.
"Não sabemos quanto
tempo vai durar esta recessão, mas estamos preparados
para organizar os Jogos", disse ontem o prefeito de Tóquio, Shintaro Ishihara.
Madri não criou nenhum
fundo de reservas, porém
conta com a garantia do governo espanhol em caso de
estouro no orçamento inicial
de US$ 6,1 bi, o segundo mais
baixo entre as candidatas.
"Teremos uma Olimpíada
barata, porque já investimos
muito dinheiro em infraestrutura, redes de transporte
e instalações esportivas",
afirmou Ramiro Lahera, diretor de marketing e patrocínio do comitê espanhol.
Segundo o dossiê da capital da Espanha, 77% de todas
as instalações já estão de pé
ou em construção.
"Essa crise [financeira] rejeita projetos virtuais. O nosso é real", afirmou Jaime Lissavetzky, ministro de Esporte da Espanha.
No Rio, as garantias para a
realização de obras de infraestrutura, instalações
permanentes e locais para
treinos são dadas pelas três
esferas do governo. Já as garantias para a construção das
Vilas Olímpicas e de Mídia
são asseguradas pela Caixa
Econômica Federal e pelo
Banco do Brasil.0
(EO, MB E ML)
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