São Paulo, domingo, 14 de março de 2010

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Vilão, projetista atenua falhas do concreto

DA REPORTAGEM LOCAL

De herói, o projetista Tony Cotman passou a vilão. Esse foi o saldo da estreia ontem do circuito de rua da Indy, no Anhembi, em São Paulo.
Antes, o neozelandês era apontado como um dos nomes mais respeitados da categoria americana, o responsável pelo suposto êxito do audacioso projeto de construir uma pista em importantes vias da cidade em menos de três meses.
No entanto, a situação mudou ontem, depois dos diversos problemas apresentados durante as três primeiras sessões de treinos livres.
Os pilotos sofreram com os diversos pontos de ondulação no asfalto recentemente recapeado da zona norte e mal conseguiam acelerar os seus carros na lisa pista de concreto do sambódromo.
Com as diversas reclamações e a constatação de que não era possível competir no traçado sem que fossem feitas mudanças, não foi difícil apontar Cotman como o grande vilão no Anhembi.
"Desde os nossos primeiros contatos com a organização da Indy, alertamos para os problemas desta reta de concreto. Mas eles sempre disseram que circuito de rua é assim mesmo", afirmou Nestor Valduga, presidente do CTDN (Conselho Técnico Desportivo Nacional) da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).
Segundo a SP Turis, órgão da prefeitura diretamente envolvido na organização da etapa brasileira, até mesmo a escolha do local da corrida foi obra de Cotman.
"Essa questão do sambódromo é algo que escapou por ser a primeira vez [da prova na cidade]. Nós até tínhamos a opção de fazer em outro local. Quem trouxe a Indy para o Anhembi foram eles [direção da categoria]. Havia o desejo da prefeitura de realizar a corrida na região do Parque do Carmo", disse Caio de Carvalho, presidente da SP Turis.
"Eles sempre falaram que a categoria corre em circuito em condições muito piores", completou. Até mesmo os pilotos, como o brasileiro Tony Kanaan, apontaram Cotman como o responsável pelos problemas apresentados.
"O mais importante é que a pista é segura, tanto para o público quanto para os pilotos. Esses imprevistos são comuns em corridas de rua e vamos fazer as reformas necessárias", garantiu Cotman após as críticas.
(JEM)


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