DA ENVIADA A SAKHIR

Se em 2009 o termo difusor entrou para o vocabulário cotidiano da F-1, 2010 já escolheu seu hit: sistema de ventilação.
Uma espécie de chaminé usada pela McLaren para reduzir a resistência e ganhar mais velocidade nas retas tem tirado o sono dos engenheiros das equipes, que já se mexem para desenvolver seus genéricos.
A ideia é simples. Um buraco localizado no bico do MP4-25 permite que o ar frio entre por um túnel que percorre todo o cockpit e encontre com o ar quente que vem do motor, na parte traseira do carro. Esse fluxo de ar é então desviado para o aerofólio traseiro, que possui uma fenda. O ar que passa por ali move a asa, fazendo dela um dispositivo móvel, o que, pelo regulamento, é proibido.
Esse sistema é controlado pelos pilotos, através de orifício situado no cockpit. Com o joelho esquerdo, eles tapam este buraco e mudam a pressão no túnel. Estima-se que o ganho na reta, quando acionado o sistema, seja de 4 km/h a 5 km/h.
As rivais foram surpreendidas pela engenhosidade do mecanismo após pedirem à FIA explicações sobre sua legalidade. Inicialmente, não sabiam que ele se movia. Achavam só que o fato de ser preso não em dois pontos, mas em três (laterais e barbatana que cobre o motor), dava mais estabilidade.
Como os carros do time foram inspecionados e liberados pela entidade no Bahrein, os demais mudaram a tática.
"Vamos ter que tentar desenvolver nossa própria versão do sistema de ventilação", disse Ross Brawn, chefe da Mercedes e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do difusor duplo da Brawn GP em 2009.
"As pessoas estão começando a entender como o nosso sistema funciona, a questão é quanto tempo irão precisar para implementar a ideia em seus carros", disse Martin Whitmarsh, chefe da McLaren. (TC)


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