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entrevista
Por filho, Pepe deixa torcida do time do coração
DA ENVIADA A ATIBAIA
Conhecido por ser dono de
um dos chutes mais fortes
que o futebol mundial já viu e
hoje um simpático senhor de
72 anos, José Macia, o Pepe,
tem o coração dividido entre
Santos e Bragantino.
Um dos maiores ídolos do
time da Vila Belmiro (750 jogos e 405 gols com a camisa
santista), Pepe é pai de Alexandre Macia, o Pepinho, integrante da comissão técnica
da equipe do interior.
Apesar do amor pelo clube
litorâneo, o histórico companheiro de Pelé não deixou de
lado o amor de pai e já escolheu para quem torcer nas
semifinais do Paulista.
"O meu filho vem em primeiro lugar", afirmou.0
(JT)
FOLHA - Qual a sua análise sobre
o Bragantino?
PEPE - Não tem nenhum
perna-de-pau lá. É um time
bem equilibrado. Tem uma
defesa bem postada, um bom
meio-campo e um ataque veloz. É um time com cabeça,
tronco e membros. Não vai
ser fácil para o Santos.
FOLHA - O seu filho faz parte da
comissão técnica do Bragantino.
O senhor está dividido para quem
torcer nas semifinais?
PEPE - Sim, mas o meu filho
vem em primeiro lugar.
FOLHA - E como será torcer contra o Santos?
PEPE - Não será a a primeira
vez. Como técnico de outras
equipes, já tive que torcer
contra quando enfrentei o
Santos. E tem outra: se o Edinho, que jogou no Santos e é
o filho do Pelé, tivesse sido
goleiro de outro time, o Pelé
também teria torcido contra.
Por que eu não posso? O Santos é minha segunda família,
mas a minha primeira família é o Pepinho. Só vou voltar
a torcer para o Santos no outro domingo, depois do jogo.
FOLHA - Se o Bragantino perder,
o senhor fica feliz como torcedor
e ídolo do Santos?
PEPE - Não. Meu filho não
vai ficar feliz. Mas, depois de
um tempo, com o Santos na
final, tudo volta ao normal.
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