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Luxemburgo culpa o chefe dos juízes
Treinador volta a criticar o coronel Marcos Marinho, dizendo que sua presença no campo inibe até o trio de arbitragem
Palmeirense declara que Morumbi é neutro apenas no campo e que sua equipe foi abalada emocionalmente por gol irregular de Adriano
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem o juiz Paulo César de
Oliveira nem a bandeira Maria
Elisa Barbosa. Para Vanderlei
Luxemburgo, o grande vilão do
clássico de ontem no Morumbi,
em que o São Paulo venceu por
2 a 1 com um gol de mão do atacante Adriano, é o responsável
pela arbitragem no Estado, o
coronel Marcos Marinho.
"Acho que o Paulo César, pela experiência que tem, deveria
estar mais bem posicionado, e a
assistente tinha que ter chamado a responsabilidade do lance.
Mas o coronel Marinho ficou
no campo prestando atenção
em mim para ver a minha reação. Ele fica no campo e inibe
até os profissionais dele", afirmou o treinador do Palmeiras.
Luxemburgo tem um longo
histórico de desavenças com
Marinho. Desde que comandava o Santos ele o criticava duramente. Segundo ele, falta experiência no assunto arbitragem
para o policial aposentado.
Além de reclamar da postura
do chefe da arbitragem, o técnico palmeirense citou um fator
extracampo para contestar a
neutralidade do estádio rival.
"O Morumbi só é neutro no
campo de jogo. Fui recebido pelo Zago [Edson], que é conselheiro do São Paulo e me denunciou três vezes no tribunal", completou.
Luxemburgo parabenizou o
treinador Muricy Ramalho pela vitória, mas falou que o gol irregular desestabilizou a sua
equipe. "Só conseguimos estabilizar a partida aos 20 minutos
do segundo tempo. Complicou
nossa estratégia."
Ao ser questionado sobre a
atuação dos seus zagueiros, que
tiveram muita dificuldade para
conter Adriano, Luxemburgo
preferiu poupar seus comandados de crítica.
"Vocês falam em falha, mas o
Adriano é um jogador diferenciado. Por isso que ele esteve na
seleção e jogou na Itália. Temos
que valorizar o jogador."
Sobre o fato de decidir uma
das vagas para a final dentro de
casa, Luxemburgo disse estar
preparado para a mudança de
enfoque do noticiário após a
derrota de ontem.
"Antes 90% das pessoas diziam que o Palmeiras era o favorito. Agora vamos trabalhar e
o favoritismo vai todo para o
São Paulo. Mas dependemos de
uma vitória em casa", disse o
técnico, que não poderá contar
com Pierre, suspenso.
O diretor de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, disse
ontem que vai pedir o veto do
juiz Paulo César de Oliveira e
também da bandeira Maria Elisa. Ele não quer que eles sequer
participem dos sorteios.
(PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)
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