São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2008

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Luxemburgo culpa o chefe dos juízes

Treinador volta a criticar o coronel Marcos Marinho, dizendo que sua presença no campo inibe até o trio de arbitragem

Palmeirense declara que Morumbi é neutro apenas no campo e que sua equipe foi abalada emocionalmente por gol irregular de Adriano

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem o juiz Paulo César de Oliveira nem a bandeira Maria Elisa Barbosa. Para Vanderlei Luxemburgo, o grande vilão do clássico de ontem no Morumbi, em que o São Paulo venceu por 2 a 1 com um gol de mão do atacante Adriano, é o responsável pela arbitragem no Estado, o coronel Marcos Marinho.
"Acho que o Paulo César, pela experiência que tem, deveria estar mais bem posicionado, e a assistente tinha que ter chamado a responsabilidade do lance. Mas o coronel Marinho ficou no campo prestando atenção em mim para ver a minha reação. Ele fica no campo e inibe até os profissionais dele", afirmou o treinador do Palmeiras.
Luxemburgo tem um longo histórico de desavenças com Marinho. Desde que comandava o Santos ele o criticava duramente. Segundo ele, falta experiência no assunto arbitragem para o policial aposentado.
Além de reclamar da postura do chefe da arbitragem, o técnico palmeirense citou um fator extracampo para contestar a neutralidade do estádio rival. "O Morumbi só é neutro no campo de jogo. Fui recebido pelo Zago [Edson], que é conselheiro do São Paulo e me denunciou três vezes no tribunal", completou.
Luxemburgo parabenizou o treinador Muricy Ramalho pela vitória, mas falou que o gol irregular desestabilizou a sua equipe. "Só conseguimos estabilizar a partida aos 20 minutos do segundo tempo. Complicou nossa estratégia."
Ao ser questionado sobre a atuação dos seus zagueiros, que tiveram muita dificuldade para conter Adriano, Luxemburgo preferiu poupar seus comandados de crítica.
"Vocês falam em falha, mas o Adriano é um jogador diferenciado. Por isso que ele esteve na seleção e jogou na Itália. Temos que valorizar o jogador."
Sobre o fato de decidir uma das vagas para a final dentro de casa, Luxemburgo disse estar preparado para a mudança de enfoque do noticiário após a derrota de ontem.
"Antes 90% das pessoas diziam que o Palmeiras era o favorito. Agora vamos trabalhar e o favoritismo vai todo para o São Paulo. Mas dependemos de uma vitória em casa", disse o técnico, que não poderá contar com Pierre, suspenso.
O diretor de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, disse ontem que vai pedir o veto do juiz Paulo César de Oliveira e também da bandeira Maria Elisa. Ele não quer que eles sequer participem dos sorteios. (PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)


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