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Apito, de novo, muda destino de clássico paulista
Gol com a mão de Adriano faz palmeirenses reclamarem de erros seguidos contra o time em jogos ante o São Paulo
São Paulo 2
Palmeiras 1
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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André Dias e Alex Silva, do São Paulo, disputam bola com o adversário Alex Mineiro no clássico
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante todo o Campeonato
Paulista a arbitragem, com erros em momentos importantes, dividiu os holofotes com
clubes e jogadores. O primeiro
clássico da semifinal não poderia fugir desse roteiro.
O trio de árbitros dividiu com
Adriano o destaque da vitória
do São Paulo sobre o Palmeiras,
ontem, no Morumbi.
O atacante apareceu por fazer os dois gols do triunfo do time da casa, que agora jogará a
segunda partida com a vantagem de poder avançar à decisão
com um empate, semana que
vem, no Parque Antarctica.
Já a arbitragem roubou a cena por permitir o primeiro gol
do camisa 10, anotado com a
mão. O juiz Paulo César de Oliveira validou o lance, amparado
pelo auxílio da assistente Maria
Elisa Barbosa, que correu para
o meio e assinalou o 1 a 0.
O lance fez os palmeirenses
se queixarem de virem sendo
prejudicados ao longo dos últimos clássicos contra o São Paulo em quaisquer torneios.
"A gente vem seguidas vezes
sendo prejudicado. Na maioria
das vezes a gente sai prejudicado contra o São Paulo", reclamou o goleiro Marcos. "Foi de
mão e ele estava impedido",
disse o camisa 12 do Palmeiras.
Oliveira justificou a validade
do lance. Afirmou ter visto a
bola tocar no braço de Adriano,
mas alegou que não houve a intenção do são-paulino.
"Nossa interpretação foi de
jogada normal. Não houve a intenção do toque de mão", disse
Paulo César de Oliveira, que
isentou sua assistente. "Ela é
uma assistente experiente e de
muita confiança."
Marcos Marinho, o chefe da
comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, a
princípio condenou o lance,
mas depois das explicações de
Oliveira o defendeu .
"Ele interpretou que não teve a intenção. É uma explicação
interessante. Mas, com certeza,
haverá controvérsias", disse.
"O gol irregular mexe com a
equipe. Mexeu com o emocional dos jogadores", reclamou
Vanderlei Luxemburgo.
Depois do polêmico gol, o São
Paulo se encolheu. Ficou atrás,
pressionado pelo Palmeiras,
que ficava com a posse de bola,
mas não conseguia ameaçar o
gol de Rogério, a não ser em arremates de longa distância.
Valdivia, marcado por Zé
Luis, não conseguia armar as
jogadas ou chegar à frente como opção de ataque. O chileno
se mostrava nervoso.
Apesar da pressão, os palmeirenses ficaram suscetíveis a
contragolpes. Dagoberto era o
são-paulino encarregado de
puxá-los. Outra alternativa
eram os chutões para Adriano
dividir com Henrique, que o
marcava individualmente.
Os contra-ataques do São
Paulo não encaixaram na primeira etapa, mas no segundo
tempo o São Paulo não desperdiçou sua primeira chance.
Com 2min da etapa final, o
zagueiro Gustavo errou um
passe na saída da defesa para o
ataque. A bola sobrou para Jorge Wagner, que viu Adriano se
enfiando entre Henrique e
Pierre. O camisa 10 recebeu a
bola, ganhou na força de Pierre
e depois deslocou Marcos: 2 a 0.
O Palmeiras, então, aumentou ainda mais a pressão. Vanderlei Luxemburgo colocou
Denilson e Lenny para jogarem
como pontas. A estratégia deu
certo, pelo menos para diminuir a vantagem do rival.
Lenny foi derrubado na área
por Alex Silva e Paulo César
anotou o pênalti. Alex Mineiro,
aos 32min, cobrou e marcou.
O gol foi suficiente para os
palmeirenses saírem de campo
celebrando como os rivais.
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