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Fifa reafirma Morumbi na Copa-2014
Entidade nega a notícia de que a arena estaria descartada até para as partidas da primeira fase do Mundial no Brasil
Nova polêmica é registrada um dia depois da eleição
do Clube dos 13 que opôs
o presidente do São Paulo
e Ricardo Teixeira, da CBF
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
O projeto apresentado pelo
São Paulo para reformar e
adaptar o Morumbi para a Copa de 2014 é suficiente para a
primeira e a segunda fase do
Mundial, e a utilização da arena
na semifinal ainda é uma hipótese plausível, contanto que
mais adaptações sejam feitas,
disse ontem a Fifa à Folha.
Segundo o jornal "O Estado
de S. Paulo", o estádio teria sido
descartado pela entidade, que
anunciaria a decisão nesta semana durante visita do secretário-geral Jérôme Valcke ao
país. A Fifa desmentiu isso.
"As questões relacionadas ao
Morumbi estão ligadas à análise técnica do estádio. Até o momento, o projeto apresentado
permite que o estádio sedie jogos da primeira e da segunda
fase da Copa do Mundo", disse
a Fifa em e-mail à Folha.
A resposta da entidade veio
após ser indagada pela reportagem sobre o que teria mudado
desde que Valcke, principal crítico do estádio, declarou em
entrevista coletiva em Zurique,
há quatro semanas, que a última versão do projeto entregue
pelo São Paulo em março era
satisfatória e estava em linha
com as exigências feitas pela
organização internacional.
"A Fifa forneceu aos representantes do Morumbi/São
Paulo informações sobre o que
eles precisam melhorar para
que [o estádio] seja candidato a
receber uma semifinal. E, no
momento, esperamos essas
melhorias", disse a entidade.
A Fifa também nega que a visita de Valcke ao Brasil nesta
semana tenha relação com a
análise técnica do Morumbi.
Após meses de reclamações
sobre o estádio e de pelo menos
três revisões no projeto, o cartola afirmou em 19 de março
que as mudanças feitas pelo
São Paulo eram satisfatórias.
Na ocasião, ao ser indagado
pela Folha se o projeto estava
endossado, ele respondeu com
uma ressalva: "O que está no
papel [está]. Do papel à realidade, há sempre uma distância".
Ontem, no entanto, a declaração da entidade foi ainda mais
enfática, embora a Fifa não tenha querido responder sobre a
possibilidade de o Morumbi receber a abertura do evento.
No último dia 30, Ricardo
Teixeira, presidente da CBF e
do Comitê Organizador Local
(COL), criticou a arena paulistana e disse que ela não estava
apta a sediar a abertura, o que
foi então interpretado nos bastidores como manobra política
(aparentemente em vão) para
fragilizar o presidente do São
Paulo, Juvenal Juvêncio, vice
na chapa que anteontem reelegeu Fábio Koff no Clube dos 13,
derrotando o candidato apoiado por Teixeira, Kléber Leite.
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