Após investigar as falhas na última corrida e de olho na cota anual, escuderia decide usar na China os mesmos propulsores do Bahrein

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI

Após o que classificou de "uma rigorosa investigação", a Ferrari decidiu que irá usar em Xangai, onde no final de semana acontecerá o GP da China de F-1, os mesmos motores que substituiu no GP do Bahrein, etapa de abertura do Mundial.
Apesar da preocupação com a confiabilidade de seus propulsores gerada pelos abandonos de Fernando Alonso e da dupla da Sauber na última corrida, há dez dias, a equipe acredita ter a situação sob controle.
"Concluímos que os problemas em Sakhir e em Sepang não são relacionados", falou Luca Marmorini, chefe dos departamentos de motores e de eletrônica da Ferrari.
Segundo ele, a falha que fez o espanhol abandonar a prova da Malásia na penúltima volta, quando estava em nono lugar, foi estrutural e causada pelos problemas na caixa de câmbio. Com o abandono, Alonso perdeu a liderança do Mundial para o brasileiro Felipe Massa.
Pelo regulamento em vigor desde 2009, cada piloto tem direito a usar oito propulsores por ano. Com a troca na primeira corrida do ano e logo depois na Austrália, a Ferrari viu sua cota ser reduzida antes mesmo de Alonso perder a terceira unidade em Sepang -aqueles que já foram usados podem ser reaproveitados no resto do ano, como ocorrerá agora, na China.
"Fizemos a troca no Bahrein só por precaução. E, como concluímos que os motores estão aptos para trabalhar, vamos usá-los novamente", explicou Marmorini, que classificou a pista chinesa como de média carga para os propulsores.
Outra razão para o menor desgaste de motor em Xangai deve ser o clima. O GP da China será às 15h locais (4h da madrugada de domingo, no horário de Brasília), e a previsão é que a temperatura não supere 17ºC.


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