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FUTEBOL
Dona do pior início de Brasileiro entre os grandes do Estado, equipe terá o retorno de titulares diante do Cruzeiro
Palmeiras luta contra vergonha paulista
MÁRVIO DOS ANJOS
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Com quatro derrotas consecutivas no Brasileiro, o Palmeiras enfrenta o Cruzeiro no Parque Antarctica tentando não ampliar
uma marca vergonhosa.
Em toda a história do Nacional,
desde 1971, este é o pior início de
competição de um grande clube
paulista nas quatro primeiras rodadas. O perigo é ver esse recorde
negativo se estender, caso a equipe volte a tropeçar hoje, às 16h.
Antes, era o Corinthians quem
detinha as piores arrancadas após
quatro partidas. Em 1987 e 1995, o
arqui-rival palmeirense começou
o torneio nacional com três derrotas e um empate.
Em 2004, o Santos também teve
três derrotas, mas somou uma vitória. Mesmo assim, o clube conseguiu jogar esse início pífio para
debaixo de um tapete vermelho:
terminou aquele ano campeão
brasileiro, e hoje poucos na Vila
Belmiro se lembram desse início
trôpego. Em número de pontos,
os santistas foram ainda pior em
1989, quando tiveram dois empates e duas derrotas.
O atual elenco do Palmeiras parece fadado a quebrar escritas. Para o bem e para o mau. A péssima
largada do time acontece na temporada em que a equipe teve seu
melhor início desde os tempos do
time da Academia, nos anos 70
-os palmeirenses abriram 2006
com sete vitórias consecutivas sob
o comando de Emerson Leão.
Para evitar que o vexame de ser
o único time a não ter pontuado
ainda no Brasileiro, o Palmeiras
espera contar com a volta, em
boas condições físicas, de seus
principais jogadores disponíveis.
No último jogo, derrota por 2 a
0 para o São Caetano, o técnico
Marcelo Vilar optou por escalar
um time cheio de reservas. Tinha
como objetivo poupar jogadores
cujas avaliações físicas apontaram
extremo desgaste.
Sua preocupação se voltava
principalmente para veteranos,
como o zagueiro Gamarra e o atacante Edmundo.
"Quando esses jogadores voltarem, teremos os reforços que
qualquer time gostaria de ter",
afirmou Vilar, justificando a opção, comunicada e sustentada pela diretoria do Palmeiras. A seguir, contudo, ele ressalvou: "Não
adianta o desespero. Não adianta
querer fazer milagre. Não se faz
milagre no futebol."
O clube prometeu nesta semana
dar mais uma chance a Vilar, que
balançou após as derrotas consecutivas para Santos, São Paulo
(que lhe valeu a eliminação da Libertadores) e São Caetano.
Hoje, ele contará com as voltas
de Paulo Baier, Gamarra, Edmundo e Washington. Enquanto tenta
resolver outro grande problema:
o Palmeiras tem a pior defesa do
Brasileiro, com 13 gols.
A crise palmeirense serve de estímulo estratégico até para o adversário de hoje, o Cruzeiro.
"Eles estão passando por um
momento de grande pressão devido aos últimos maus resultados.
Se a gente fizer um gol no início,
tenho certeza de que o Palmeiras
vai se desequilibrar ainda mais",
afirmou o meia Martinez.
A tática "precoce" funcionou
nos últimos dois jogos do Cruzeiro no Brasileiro. Dois "gols relâmpagos" ajudaram a equipe de Belo
Horizonte nas vitórias contra o
Figueirense e o Juventude.
"Um gol logo no início também
vai transformar a torcida do Palmeiras em nossa aliada. Vamos tirar proveito disso", afirmou o atacante Élber, que já fez 14 gols neste
ano pelo time mineiro, que ganhou o Campeonato Estadual.
Colaborou a Agência Folha,
em Belo Horizonte
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