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Beckenbauer não inclui time nem entre os oito
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Presidente do Comitê Organizador da Alemanha e maior nome
do futebol local, Franz Beckenbauer não vê a seleção de seu país
nem entre as oito principais favoritas da Copa do Mundo.
Foi essa sua análise em entrevista à Folha, por e-mail, no final de
abril, ao apontar os candidatos a
chegar à reta final do Mundial.
"Não é necessário dizer que,
com Brasil, Argentina, Inglaterra,
Itália, França, Holanda, Espanha
e Portugal, nós temos vários candidatos à final", afirmou ele, ao
ser questionado sobre a cara do
Mundial de 2006.
Mas Beckenbauer ainda acredita que a seleção alemã pode superar o descrédito e chegar à decisão
da competição. Isso vai depender
da atitude dos jogadores nacionais, declarou o dirigente.
"Nós temos uma chance se os
nossos jogadores conseguirem
controlar a pressão e jogarem da
mesma forma que fizeram durante a Copa das Confederações", explicou ele, lembrando a competição que o país abrigou em 2005
-perdeu do Brasil na semifinal.
Após essa disputa, o time alemão entrou em decadência, chegando ao fundo do poço após a
goleada de 4 a 1 para a Itália.
Beckenbauer, então, fez duras
críticas ao técnico do time, Klinsmann. Outro motivo de irritação
com o treinador foi a sua ausência
em seminários de técnicos no país
que receberá o Mundial.
Depois, o técnico e o dirigente
fizeram as pazes em público, com
a intermediação da chanceler do
país, Angela Merkel.
Ex-jogador, campeão mundial
em 1974, Beckenbauer foi técnico
do time nacional em 1990, quando os alemães conquistaram sua
última Copa do Mundo. A partir
de então, tornou-se dirigente. Começou no Bayern de Munique,
antes de passar a comandar o futebol nacional e o Mundial.
Ao analisar o elenco alemão para a Copa-06, Beckenbauer destaca os jovens Lukas Podolski, 20,
atacante do Colônia, e Bastian
Schweinsteiger, 21, meia do Bayern de Munique. Ainda classifica
o meia Michael Ballack, 29, também jogador do Bayern, como
"extraordinário capitão".
Para Beckenbauer, um eventual
insucesso do time nacional não
vai afetar o interesse dos locais na
Copa do Mundo. Explica que os
torcedores são fãs de futebol, não
apenas de sua seleção. "Obviamente, se a Alemanha conseguir
alguns bons resultados, isso vai
contribuir para impulsionar o humor de nossos torcedores."
Na semana passada, ele falou na
possibilidade de uma eliminação
precoce. E voltou a alfinetar
Klinsmann. Diz que ele será demitido se houver uma queda prematura dos alemães no Mundial.
Além dos países que considera
favoritos, Beckenbauer citou outros times que podem surpreender. Entre eles, os estreantes Costa
do Marfim e Ucrânia.
Além disso, México e EUA, que
chegou às quartas-de-final em
2002, foram mencionados pelo
dirigente como seleções que evoluíram nos últimos anos.
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