São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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Caras novas levam Corinthians ao triunfo na estréia

Com seis estreantes, time mostra desentrosamento e erros na conclusão, mas bate Juventude, que fica sem treinador

Corinthians 1
Juventude 0

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um fator extracampo foi decisivo na vitória corintiana no primeiro jogo do Brasileiro. Enquanto o Juventude não contou com nove reforços, ainda não inscritos na competição, o time paulista obteve o resultado positivo graças a seus estreantes. Eles foram registrados na última hora e, por pouco, também não atuaram.
A equipe corintiana tinha seis jogadores novos em sua escalação: Felipe, Zelão, Fábio Ferreira, Marcelo Oliveira, Finazzi e Éverton Santos. Em campo, havia somente três atletas usados no último jogo do Corinthians, em abril, na derrota para o Náutico (2 a 0) na Copa do Brasil -Betão, Rosinei e Marcelo Mattos.
Também um esquema novo era testado pelo técnico Paulo César Carpegiani. Quando atacado, o Corinthians tinha quatro defensores (4-4-2). E passava a ter apenas três homens atrás quando avançava.
As novidades funcionaram mais no aspecto defensivo, com a ajuda da inoperância do Juventude. Ofensivamente, o time trocava passes, mas contava mais com as iniciativas individuais para levar perigo ao rival.
"O Corinthians tem que jogar futebol, muito mais do que hoje", disse Carpegiani. "A equipe esteve tensa, mas teve mais coisas positivas do que negativas."
De positivo, a primeira vitória em estréia no Brasileiro desde 2001. Mas faltou entrosamento, o que ficou latente na primeira chance corintiana. Willian chutou de dentro da área, mas Finazzi, como zagueiro, desviou para fora.
E foi em jogada individual que abriu o placar. Aos 33min, Éverton driblou um rival e cruzou para Finazzi escorar: 1 a 0.
"Claro que é importante começar com um gol", exaltou o atacante, admitindo que o time precisa melhorar. Com fama de trombador, garantiu que seu gol foi com o pé, não de canela.
O Corinthians voltou mais recuado no segundo tempo. A equipe deu campo para o Juventude, que, porém, só apelava aos cruzamentos altos.
Do outro lado, o time corintiano tinha contra-ataques mais perigosos. Mas, neste momento, pesou a falta de eficiência da equipe nas conclusões, já demonstrada nos treinamentos durante a semana. Por duas vezes, Willian teve oportunidades de fazer o gol, mas falhou.
Os dribles do meia-atacante, porém, deram frutos quando Carlos Michel deu um carrinho nele e foi expulso. A entrada foi dura, mas não acertou em cheio o corintiano. Mesmo sem ter recebido o cartão amarelo, o lateral do Juventude recebeu o cartão vermelho.
Com um jogador a mais, o Corinthians voltou a dominar o jogo. Mas suas virtudes e defeitos se repetiam. Willian continuava a ser o municiador do ataque. Já Éverton saiu, poupado por sofrer uma pancada. Se o ataque mudou, seguiram os erros nas conclusões e mais dois gols foram perdidos.
Antes de o jogo acabar, como um retrato da partida, Lulinha ainda perdeu outro gol: sozinho na área, chutou rasteiro para a defesa do goleiro Michel Alves.
"O importante é recuperar a confiança da torcida", explicou Betão -pouco mais de 5.000 torcedores foram ao Morumbi ver a partida. Carpegiani repetiu o discurso e disse que tem o pensamento "em ser campeão". Postura diferente de antes do torneio, quando dizia que fugiria do rebaixamento.
Já o treinador Ivo Wortmann pediu demissão do Juventude.
O Corinthians volta a jogar pelo Brasileiro-2007 no próximo domingo, contra o Cruzeiro, em Minas Gerais.


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