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Caras novas levam Corinthians ao triunfo na estréia
Com seis estreantes, time mostra desentrosamento e erros
na conclusão, mas bate Juventude, que fica sem treinador
Corinthians 1
Juventude 0
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um fator extracampo foi decisivo na vitória corintiana no
primeiro jogo do Brasileiro.
Enquanto o Juventude não
contou com nove reforços, ainda não inscritos na competição,
o time paulista obteve o resultado positivo graças a seus estreantes. Eles foram registrados na última hora e, por pouco, também não atuaram.
A equipe corintiana tinha
seis jogadores novos em sua escalação: Felipe, Zelão, Fábio
Ferreira, Marcelo Oliveira, Finazzi e Éverton Santos. Em
campo, havia somente três
atletas usados no último jogo
do Corinthians, em abril, na
derrota para o Náutico (2 a 0)
na Copa do Brasil -Betão, Rosinei e Marcelo Mattos.
Também um esquema novo
era testado pelo técnico Paulo
César Carpegiani. Quando atacado, o Corinthians tinha quatro defensores (4-4-2). E passava a ter apenas três homens
atrás quando avançava.
As novidades funcionaram
mais no aspecto defensivo, com
a ajuda da inoperância do Juventude. Ofensivamente, o time trocava passes, mas contava
mais com as iniciativas individuais para levar perigo ao rival.
"O Corinthians tem que jogar
futebol, muito mais do que hoje", disse Carpegiani. "A equipe
esteve tensa, mas teve mais coisas positivas do que negativas."
De positivo, a primeira vitória em estréia no Brasileiro desde 2001. Mas faltou entrosamento, o que ficou latente na
primeira chance corintiana.
Willian chutou de dentro da
área, mas Finazzi, como zagueiro, desviou para fora.
E foi em jogada individual
que abriu o placar. Aos 33min,
Éverton driblou um rival e cruzou para Finazzi escorar: 1 a 0.
"Claro que é importante começar com um gol", exaltou o
atacante, admitindo que o time
precisa melhorar. Com fama de
trombador, garantiu que seu
gol foi com o pé, não de canela.
O Corinthians voltou mais
recuado no segundo tempo. A
equipe deu campo para o Juventude, que, porém, só apelava aos cruzamentos altos.
Do outro lado, o time corintiano tinha contra-ataques
mais perigosos. Mas, neste momento, pesou a falta de eficiência da equipe nas conclusões, já
demonstrada nos treinamentos durante a semana. Por duas
vezes, Willian teve oportunidades de fazer o gol, mas falhou.
Os dribles do meia-atacante,
porém, deram frutos quando
Carlos Michel deu um carrinho
nele e foi expulso. A entrada foi
dura, mas não acertou em cheio
o corintiano. Mesmo sem ter
recebido o cartão amarelo, o lateral do Juventude recebeu o
cartão vermelho.
Com um jogador a mais, o
Corinthians voltou a dominar o
jogo. Mas suas virtudes e defeitos se repetiam. Willian continuava a ser o municiador do
ataque. Já Éverton saiu, poupado por sofrer uma pancada. Se o
ataque mudou, seguiram os erros nas conclusões e mais dois
gols foram perdidos.
Antes de o jogo acabar, como
um retrato da partida, Lulinha
ainda perdeu outro gol: sozinho
na área, chutou rasteiro para a
defesa do goleiro Michel Alves.
"O importante é recuperar a
confiança da torcida", explicou
Betão -pouco mais de 5.000
torcedores foram ao Morumbi
ver a partida. Carpegiani repetiu o discurso e disse que tem o
pensamento "em ser campeão". Postura diferente de antes do torneio, quando dizia
que fugiria do rebaixamento.
Já o treinador Ivo Wortmann
pediu demissão do Juventude.
O Corinthians volta a jogar
pelo Brasileiro-2007 no próximo domingo, contra o Cruzeiro, em Minas Gerais.
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