São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CIDA SANTOS

Novidades dos adversários


Preocupados com a superioridade do Brasil, rivais se reforçam com ex-estrelas e até exilados cubanos


EM ANO dos torneios classificatórios para a Olimpíada de Pequim, as novidades já começam a aparecer em algumas grandes seleções, possíveis adversárias do Brasil. A meta é reforçar o time já de olho no ouro olímpico.
Os EUA, por exemplo, terão a volta do talentoso levantador Lloy Ball, 2,03 m e 35 anos. Ball havia deixado a seleção após o quarto lugar nos Jogos de Atenas-04. Em 2006, sem ele, o time sofreu grande queda: ficou em décimo no Mundial do Japão.
Ball está inscrito na Liga Mundial, que começa no dia 25, e também deve disputar o Pan. Na Liga, os norte-americanos vão ter que jogar muita bola, já que estão na chave mais forte do torneio, ao lado de França, Itália e Japão, este o fraquinho da turma.
Em Cuba, a maior novidade está no banco. O técnico Orlando Samuel voltou ao comando da equipe. Ele dirigiu a geração mais talentosa do vôlei cubano nos anos 80 e início dos 90, um time que tinha o atacante Despaigne e o levantador Diago.
Cuba, que há quatro anos sofreu com a fuga de seus principais jogadores para a Itália, está com uma equipe jovem e forte fisicamente. No Mundial de 2006, ficou apenas em 15º lugar. Mas, com o time mais experiente e novo comando, os resultados devem melhorar.
Na Itália, a surpresa na lista dos convocados do técnico Gian Paolo Montali é o atacante Dennis, um dos refugiados cubanos. Ele é casado com Simona Rinieri, da seleção da Itália, e já tem cidadania italiana.
Dennis, que tem uma pancada na mão, já está treinando com seleção, mas não está inscrito na Liga por causa dos trâmites da sua naturalização. Ele vai estrear no Europeu, em setembro. O torneio é classificatório para a Copa do Mundo, que vale três vagas para a Olimpíada.
Mas o que tem feito o vôlei ferver é o protecionismo da federação internacional para a Itália. Nas duas últimas edições da Liga, a Itália não avançou à fase final, mas foi convidada para a etapa. Neste ano, a Liga nem começou, mas a Itália já recebeu o privilégio de estrear uma semana depois das outras seleções. Seu primeiro jogo será em 1º de junho contra a França. O Brasil estréia no próximo dia 25 contra a Coréia do Sul. Difícil explicar os privilégios.

ITALIANO 1
O Pesaro, de Sheila, Mari e do técnico Zé Roberto, eliminou o Chieri, de Érika, com duas vitórias por 3 a 0. O time pega o Jesi, de Jaqueline, na semifinal do Italiano. O Perugia, de Fofão e Walewska, enfrentará na semifinal o vencedor do jogo entre Novara e Padova.

ITALIANO 2
O Treviso, do central Gustavo, está a uma vitória do título italiano. A equipe derrotou ontem o Piacenza, do líbero Escadinha, por 3 sets a 2 (25/23, 16/25, 27/25, 20/25 e 15/ 10), na segunda partida da série de cinco da final. No primeiro confronto, a vitória do Treviso foi por 3 sets a 0.

cidasan@uol.com.br


Texto Anterior: Seleção: Turquia confirma jogo com o Brasil
Próximo Texto: Com vitória, Massa se reafirma à F-1
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.