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Com vitória, Massa se reafirma à F-1
Triunfo do brasileiro em Barcelona e abandono de Kimi Raikkonen embolam Mundial, agora liderado por Hamilton
Diferença entre inglês da McLaren para o ferrarista, em terceiro na tabela, é de três pontos, com Fernando Alonso em segundo lugar
Andreu Dalmau/Efe
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Após vencer disputa com Fernando Alonso, Felipe Massa festeja sua 2ª vitória no ano
DA ENVIADA A BARCELONA
"Essa vitória vai ficar na minha história. Eu nunca vou esquecer." A felicidade de Felipe
Massa logo depois de dar à Ferrari seu terceiro triunfo em
quatro corridas nesta temporada tinha razão.
Confirmou para a F-1 que é
de fato candidato ao título depois de um início de ano frustrante e ainda conseguiu, pela
primeira vez no ano, aparecer
como melhor piloto da Ferrari
na classificação do Mundial.
A combinação de resultados
de ontem, aliada a um problema elétrico no carro de Kimi
Raikkonen, seu colega de equipe, embolou de vez a tabela.
Lewis Hamilton agora lidera,
com 30 pontos, dois a mais do
que Fernando Alonso. Massa
vem em terceiro, com 27. Raikkonen, que saiu na nona volta,
despencou da liderança para o
quarto posto, com 22 pontos.
Depois da corrida, o inglês e o
brasileiro se cumprimentaram
efusivamente. Trocaram tapinhas, cotoveladas e sorrisos. "A
gente se deu os parabéns de um
jeito moleque, como essa nova
F-1 que está aparecendo", declarou Massa, empolgado.
Irritado e nem um pouco disposto a fazer política com a
Ferrari em sua primeira temporada com o time, Raikkonen
deixou o paddock de Barcelona
antes da metade da prova.
"Honestamente tenho muito
pouco a dizer, a não ser que estou muito desapontado", lamentou o piloto, que pela primeira vez nesta temporada não
subiu ao pódio. "Perdi pontos
preciosos, mas tenho outras 13
corridas para me recuperar."
Com seus dois pilotos entre
os três primeiros, a McLaren
manteve-se na ponta do Mundial de Construtores. Tem 58
pontos contra 49 da Ferrari. As
duas escuderias, aliás, são as
únicas nos pódios de 2007. A
inglesa vence por 7 a 5.
Mas, apesar de os dois campeonatos estarem bastante disputados, a primeira etapa da F-1 em solo europeu, ontem, não
foi marcada pela emoção.
À exceção do duelo entre
Massa e Alonso na primeira
curva e o abandono de Raikkonen, que definiram a configuração do pódio, apenas um incêndio na lateral da Ferrari do brasileiro após seu primeiro pit
stop causou certa apreensão
nos boxes da equipe.
"Eu nem sabia disso", falou o
brasileiro ao ser perguntado sobre o assunto. "Mas agora não
faz diferença. Se ganhei, é porque não teve importância."
Assim como no Bahrein, há
quatro semanas, Massa pulou
na frente na largada e só perdeu
a liderança durante as paradas.
"Para falar a verdade, fiquei
um pouco surpreso no começo
da corrida. Com três, quatro
voltas eu tinha quase três segundos de vantagem para o Hamilton e abria quase meio segundo por volta."
Com 15 voltas, Massa já estava 8s5 na frente do novato inglês, que ganhou o lugar de
Raikkonen na largada e o de
Alonso depois de vê-lo sair da
pista na primeira curva.
"Percebi que não tinha nenhum problema depois do toque com o Alonso e vi que estava conseguindo me distanciar
dos outros. Só fiquei um pouco
preocupado porque essa era a
segunda corrida do meu motor.
Mas sabia que estava nas minhas mãos", disse Massa.
Pela primeira vez, o brasileiro não trouxe ninguém de sua
família para assistir à vitória.
Mas não precisava. Além de
maduro, Massa tinha quem
olhasse por ele. Michael Schumacher, seu amigo, conselheiro
e ex-companheiro de equipe,
estava atento. Fez sua estréia
nos boxes da Ferrari depois de
se aposentar e foi algumas vezes ao pit wall conversar com
engenheiros da escuderia.
Como recompensa, recebeu
a vitória do pupilo. "Agradeci a
ele pelo ano passado. Foi uma
escola maravilhosa", disse.
(TATIANA CUNHA)
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