|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Hamilton é o mais jovem a liderar Mundial
DA ENVIADA A BARCELONA
Lewis Hamilton não pára
de encantar a F-1. A cada corrida o inglês, melhor estreante da história da categoria, "apronta" uma.
Na primeira, ultrapassou o
colega de equipe -ninguém
menos que o bicampeão
Alonso- na primeira curva.
Na segunda, as vítimas foram
Massa e Raikkonen. Mais:
forçou o brasileiro a errar na
tentativa de superá-lo.
Na terceira, entrou na disputa pelo título. Mas ontem
fez mais. Assumiu a liderança do Mundial, tornou-se o
mais jovem piloto da história
a conseguir tal feito e ainda
fez de Alonso, que corria em
casa, mero coadjuvante.
"Vivo um sonho", declarou
Hamilton, em meio a risadas.
"Sair do meu quarto GP na F-1 liderando o campeonato...
ainda mais correndo ao lado
de pilotos tão talentosos."
Líder aos 22 anos, 4 meses
e 7 dias, o inglês bateu o recorde de Bruce McLaren, o
fundador de sua equipe, que
tinha 22 anos, 5 meses e 9
dias quando assumiu a ponta
do Mundial de 60.
No pódio pela quarta vez
seguida -único piloto a conseguir isso em 2007-, viu
seu pai, Anthony, chorar
emocionado. Viu ainda o irmão, Nicholas, que tem paralisia cerebral, deixar a cadeira de rodas e, amparado pela
madrasta, Linda, tentar chegar perto do xodó da F-1.
"Trabalhei muito por tudo
isso. Eu e minha família. E
agora, finalmente estar nesta
posição, é realmente um sonho", disse Hamilton, que teve uma infância difícil.
Seu avô paterno, Davidson, deixou Trinidad ainda
jovem para tentar a sorte na
Inglaterra. Anthony, seu pai,
teve três empregos para bancar o sonho de Lewis. Aos 12,
o jovem piloto venceu uma
seletiva da Mercedes e foi
adotado pela McLaren.
"Não imaginava que iria
tão bem", disse ele, único a liderar todos os GPs do ano.
Coincidência ou ironia, há
poucos anos a F-1 se encantava com um novato que batia marcas de precocidade e
virou o mais jovem bicampeão mundial: Alonso.
(TC)
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Espanhol culpa choque e faz pouco de fãs Índice
|